• Chuva registrada em janeiro foi quase o triplo do registrado em 2016

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  • 31/01/2018 16:30

    Dados divulgados nseta quarta (31) pela Secretaria de Defesa Civil mostram que a quantidade de chuva registrada nos últimos 30 dias em alguns pontos da cidade foi quase três vezes maior do que a registrada no mesmo período do ano passado. No Dr. Thouzet, por exemplo, o índice pluviométrico alcançou 520 milímetros, contra 186 milímetros em 2017. Os dados são registrados pelos pluviômetros que estão acoplados às sirenes do Sistema de Alerta e Alarme. Em todo o município são 20 equipamentos instalados em 12 comunidades. 

    Apesar dos altos índices de chuva, o especialista em precipitação do Centro Nacional de Monitoramento e Alestras de Desastres Naturais (Cemaden), Carlos Frederico de Angelis aponta que o volume atual é o “normal” para Petrópolis. Segundo ele, nos anos anteriores é que choveu menos. 

    “Neste verão, observamos ocorrência de número elevado de frentes frias estacionadas sobre a região serrana, bem maior que em anos anteriores. Essa, que é chamada zona de convergência do Atlântico Sul, estacionada, é que causou um volume maior de chuva em relação a anos anteriores. Nos últimos três ou quatro anos, toda essa região teve menos precipitação. Então, agora, voltou ao considerado “normal”, ainda que a sensação, agora, seja de muito mais chuva”, explica. 

    “Temos de estar preparados para qualquer índice, estamos em busca de uma cidade resiliente”, diz o secretário de Defesa Civil, Paulo Renato Vaz. A Defesa Civil está mantendo o reforço na escala com todos os 60 agentes de plantão 24h e pede atenção aos moradores que vivem em áreas de risco para os alertas que podem ser acionados. A Defesa Civil está monitorando índices de chuva e riscos 24 horas por dia. Para fevereiro a previsão é de que os índices de chuvas se mantenham altos. 

    "Existe uma grande preocupação justamente pelos índices acumulados neste mês. É fundamental que a população que vive em uma área de risco tenha atenção redobrada, já que existe a previsão de que a chuva continue até o final do verão em abril", pede Paulo Renato Vaz, reforçando que os moradores devem ligar para o 199 e informar caso tenham alguma ocorrência. 

    No ano passado, o maior índice de chuva em janeiro foi registrado na Rua 24 de Maio, com acumulado de 340 milímetros. No mesmo local em 2018 foram 440 milímetros, o que representa um aumento de 29%. 

    Árvore cai e atinge casa

    A Secretaria de Defesa Civil e Ações Voluntárias registrou três ocorrências na madrugada de ontem em consequência da chuva. Na Rua Joaquim Ribeiro da Motta, no Caxambu, um muro caiu, e na Rua Espírito Santo, no Quitandinha, uma árvore caiu e atingiu parte de uma casa. O Corpo de Bombeiros foi acionado para retirada do material. A outra ocorrência foi um pedido de vistoria preventiva no Independência.

    Desde segunda-feira foram registradas 36 ocorrências registradas na Defesa Civil. Quatro casas estão interditadas na Rua Santa Luzia, no Bataillard, após o rolamento de uma rocha. Uma equipe da Secretaria de Assistência Social (SAS) atende às famílias que ficaram desalojadas – são 18 pessoas ao todo.

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