• China se opõe a qualquer ação que aumente ainda mais a tensão no Oriente Médio, diz porta-voz

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  • 19/abr 14:32
    Por Matheus Andrade, especial para o Broadcast / Estadão

    O porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, afirmou nesta sexta, 19, que o país se opõe a qualquer ação que aumente ainda mais a tensão no Oriente Médio e continuará desempenhando um papel construtivo no alívio da situação. O comentário foi feito em coletiva de imprensa diária, após o representante ser questionado sobre os ataques de Israel no território iraniano.

    O porta-voz comentou ainda críticas recentes do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre as políticas comerciais chinesas, com destaque para o setor siderúrgico. Segundo Lin, o setor visa principalmente satisfazer a procura interna e não recebe subsídios orientados para a exportação. “Apenas 5% do nosso aço é exportado, um valor muito inferior ao do Japão, da Coreia e de outros produtores de aço, o que significa que a influência das nossas exportações de aço no mercado internacional é muito limitada”.

    “Os EUA, por outro lado, gastam centenas de milhares de milhões de dólares em subsídios internos discriminatórios e abusam dos controles de exportação, citando a ‘segurança nacional’, o que dificulta o comércio internacional normal de chips e outros produtos. Que duplo padrão para os EUA acusarem a China de ‘práticas não mercantis'”, afirmou.

    “O crescimento de indústrias relevantes na China é resultado da inovação tecnológica e da participação das empresas na competição de mercado. Também beneficia do sistema de produção industrial completo da China e do vasto mercado interno. Culpar a China pelos problemas industriais dos EUA carece de base factual e de bom senso econômico”, apontou Lin.

    “Instamos os EUA a serem prudentes nas suas palavras e atos, a deixarem de manipular questões relativas à China no ano eleitoral, a deixarem de transformar questões econômicas e comerciais em questões de segurança, a levantarem tarifas adicionais à China e a deixarem de impor novas. A China tomará todas as medidas necessárias para defender firmemente os seus próprios direitos e interesses”, concluiu.

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