• China envia mais de 70 caças no 2º dia de cerco a Taiwan

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  • 10/04/2023 08:34
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    A China enviou neste domingo, 9, mais de 70 caças e simulou ataques contra alvos-chave em Taiwan, no segundo dia de exercícios militares de “cerco total” à ilha. As manobras estão programadas para terminar hoje e fazem parte da resposta do governo chinês à reunião da líder taiwanesa, Tsai Ing-wen, com o presidente da Câmara dos EUA, Kevin McCarthy, em Los Angeles, na semana passada.

    Taiwan e EUA criticaram a operação, chamada de “Espada Conjunta”. Washington e Taipé pediram “contenção” a Pequim, garantindo que os dois governos manterão abertos o diálogo com a China.

    A China prometeu uma dura resposta ao encontro entre Ing-wen e McCarthy, durante um giro da presidente de Taiwan pela América Central. Os exercícios militares, de acordo com o governo chinês, têm como objetivo estabelecer a capacidade de “assumir o controle total do mar, do espaço aéreo e do fluxo de informações” no Estreito de Taiwan.

    Disputa

    O Ministério da Defesa taiwanês afirmou ontem que os exercícios militares violarem a estabilidade regional. Os militares de Taiwan identificaram nove navios de guerra chineses e mais de 70 aeronaves ao redor da ilha – pelo menos 31 invadiram o espaço aéreo taiwanês.

    Os militares em Taipé disseram ainda que estão monitorando de perto todos os movimentos chineses por meio de um “sistema conjunto de inteligência e reconhecimento”, afirmando que os aviões detectados ontem incluíam caças e bombardeiros.

    Como parte dos exercícios de ontem, militares chineses simularam ataques de precisão contra alvos-chave em Taiwan e nas águas que circundam a ilha, envolvendo dezenas de aeronaves e tropas terrestres, segundo a TV estatal chinesa. De acordo com Pequim, contratorpedeiros, lanchas e aviões de combate foram mobilizados nos três dias de manobras.

    A China considera Taiwan, uma ilha de 23 milhões de habitantes, como uma das suas províncias, um território que o país ainda não conseguiu reunificar desde o fim da Revolução Chinesa, em 1949.

    “Os movimentos servem como um sério alerta contra o conluio entre forças separatistas que buscam a independência de Taiwan e forças externas, bem como suas atividades provocativas”, disse Shi Yi, porta-voz do Exército chinês.

    Repetição

    A crise atual é uma repetição do que ocorreu em agosto do ano passado, após uma visita a Taipé da então presidente da Câmara dos EUA, a democrata Nancy Pelosi. Na ocasião, em retaliação, a China organizou jogos de guerra em torno de Taiwan, incluindo o disparo de mísseis em águas próximas ao litoral da ilha. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

    As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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