• China alerta montadoras sobre publicidade enganosa de tecnologias de direção autônoma

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  • 17/abr 16:11
    Por Dow Jones Newswires / Estadão

    A China fez um alerta às montadoras para que não exagerem ao divulgar as capacidades das tecnologias de direção autônoma integradas aos seus veículos. Em comunicado divulgado na noite da quarta-feira, 16, o Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação informou ter realizado uma reunião com quase 60 representantes do setor.

    Segundo o comunicado, as montadoras devem submeter seus sistemas de direção autônoma a testes rigorosos e deixar claros os limites dessas tecnologias, além das medidas de segurança adotadas. “As empresas não devem exagerar nas capacidades dos sistemas nem recorrer a marketing enganoso”, afirmou o ministério.

    O alerta veio após um acidente fatal com um carro elétrico da Xiaomi, ocorrido no fim do mês passado, que reacendeu preocupações entre analistas do setor e o público sobre a segurança dos sistemas avançados de assistência à direção.

    O caso ganhou grande repercussão nas redes sociais chinesas, onde muitos usuários expressaram receio em relação à segurança dessas tecnologias, amplamente presentes em veículos elétricos vendidos no país e consideradas um dos principais atrativos de diversas marcas.

    Alguns analistas demonstraram preocupação com o uso de materiais promocionais potencialmente enganosos para divulgar funcionalidades de direção autônoma.

    Atualmente, a maioria das montadoras chinesas oferece sistemas de direção autônoma de nível 2, que ainda exigem que o motorista mantenha as mãos no volante e esteja atento ao ambiente. No entanto, especialistas alertam que a forma como esses recursos são anunciados pode levar consumidores a acreditar que os carros conseguem operar sozinhos, sem intervenção humana.

    O setor automotivo chinês vem acelerando o lançamento de modelos elétricos com tecnologias de condução autônoma, especialmente após a gigante BYD introduzir esses recursos em seus veículos voltados ao mercado de massa, em fevereiro. Fonte: Dow Jones Newswires.

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