• Chefe revela empolgação na Williams com chegada de Sainz: ‘Gritos, berros, foi extraordinário’

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  • 08/ago 11:28
    Por Estadão

    Há tempos que a equipe Williams não ganha nada na Fórmula 1. A última vitória em uma corrida ocorreu em 2012, no GP da Espanha, com Pastor Maldonado. O jejum nos Mundiais de Piloto e Construtores vem desde 1997. Em busca de uma redenção, a escuderia acertou com o espanhol Carlos Sainz, da Ferrari, para 2025, e a reação interna foi de enorme empolgação.

    O chefe de equipe James Wowles relevou em entrevista ao Podcast F1 Nation que a reação dos integrantes da Williams foi “extraordinária” e repleta de “gritos” e explicou a estratégia inusitada do anúncio para toda a equipe, um dia após o GP da Bélgica.

    “Uma das melhores maneiras de explicar isso é através da reação emocional quando anunciei (que Sainz havia assinado)”, iniciou Vowles. “Para montar o cenário, colocamos uma tela de projeção com uma TV e eu entrei, a Netflix estava comigo também. Cerca de 600 a 700 pessoas estavam lá – por causa dos padrões de turnos, você não consegue reunir todas as 1.000 pessoas ao mesmo tempo”, seguiu, revelando que pediu a todos os presentes que assistissem à tel.

    Sainz apareceu fazendo o anúncio do acordo por muitos anos e a euforia foi geral. “Foi extraordinário, os gritos, os berros… Carlos fez uma peça para a câmera que durou fundamentalmente talvez um minuto e meio, eles perderam o primeiro minuto, havia apenas gritos acontecendo naquele período de tempo, e isso por si só me disse o que significava para cada um daqueles indivíduos ali”, emocionou-se o ex-diretor de estratégia da Mercedes Motorsport, atordoado.

    Após meses de especulação sobre seu futuro, o destino de Carlos Sainz finalmente ficou claro naquela segunda-feira de festas na Williams. “Tive o prazer de vencer corridas e fazer parte de equipes corrida, vencendo um campeonato e estando ali, com todos. Eu confesso a vocês, a reação emocional à contratação foi a maior que já vi na minha carreira na Fórmula 1”, surpreendeu Vowles.

    “E então o que eu fiz depois disso foi apenas dar continuidade, andando por aí e perguntando às pessoas o que isso significa. A resposta é o que eu esperava que fosse: uma declaração de intenção muito clara de que não há dúvidas agora de que estamos investindo no nível certo, que temos, na minha opinião, uma das – senão a melhor – escalação de pilotos do grid, como uma grande combinação entre Sainz e Alex Albon.”

    Vowles acredita ter influenciado a equipe Williams a buscar uma melhora em seu próprio desempenho. “Carlos é rápido, mas ele é uma máquina de desempenho, e o que quero dizer com isso é que ele quer que milhares de detalhes estejam no nível certo para que ele tenha um desempenho e devolva tudo para a equipe”, explicou. “Ele quer que o time melhore e seja melhor. Não acho que seja coincidência que todos os times em que ele esteve tenham melhorado em sua gestão lá. Posso entender o porquê depois de muitos, muitos meses conversando com ele.”

    O diretor comemorou o fato de a Williams prometer significativa melhora para 2025. “O que a fábrica chegou à conclusão, e acertadamente, é que temos de melhorar nosso jogo também. Precisamos trazer tudo com antecedência, o desempenho tem que estar de acordo com a escalação de pilotos que temos hoje. O mundo sabe disso, eu sei disso.”

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