• Chefe do Pentágono faz visita surpresa ao Afeganistão antes de retirada de tropas

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  • 21/03/2021 16:49
    Por Estadão

    O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, em sua primeira visita ao Afeganistão como chefe do Pentágono, disse neste domingo, 21, que o governo Biden quer “um fim responsável” para a guerra mais longa da América, mas o nível de violência deve diminuir para que uma diplomacia “frutífera” tenha um chance.

    O Pentágono anunciou neste domingo a visita surpresa de Austin ao Afeganistão semanas antes da retirada planejada das últimas tropas americanas – em 1º de maio – com base no acordo alcançado com o Taleban no ano passado.

    Sua parada na capital, Cabul, onde se reuniu com comandantes militares e altos funcionários do governo afegão, incluindo o presidente Ashraf Ghani, tinha como objetivo permitir a ele “ouvir e aprender” e informar sua participação na revisão do futuro das forças dos Estados Unidos.

    O Pentágono ordenou que a visita fosse informada apenas após a partida de Austin do Afeganistão.

    O governo afegão, por sua vez, deseja que as forças americanas permaneçam no país, pois fornecem cobertura aérea essencial na luta contra os insurgentes.

    Um acordo alcançado pela administração do ex-presidente Donald Trump com o Taleban em fevereiro de 2020 no Catar prevê a retirada das tropas americanas presentes no país até 1º de maio de 2021, em troca de garantias de segurança e do compromisso dos insurgentes de dialogar com o governo de Cabul.

    Mas as negociações de paz no Catar tiveram pouco progresso. Os principais centros urbanos do Afeganistão estão sofrendo uma campanha terrorista cada vez mais intensa na forma de atentados mortais contra políticos, funcionários públicos, acadêmicos, ativistas de direitos humanos e jornalistas.

    Os talebans negam qualquer responsabilidade, mas o governo afegão garante que eles são os culpados.

    Washington quer incentivar o processo político e fazer com que o Taleban e o governo afegão aceitem alguma forma de divisão do poder. (Com agências internacionais)

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