• Chefe da Sauber-Audi exalta ‘personalidade’ e ‘evolução’ de Bortoleto: ‘Ele é fantástico’

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  • 07/nov 11:34
    Por Felipe Rosa Mendes / Estadão

    O chefe da Sauber-Audi, Mattia Binotto, não poupa elogios ao brasileiro Gabriel Bortoleto, reforço da equipe suíça para a temporada 2025 da Fórmula 1. Na avaliação do experiente dirigente italiano, que já foi chefe da Ferrari, o piloto de 20 anos tem “personalidade” e vem mostrando “evolução” a cada ano no automobilismo mundial.

    “Eu já vi que sua carreira provou que ele é fantástico e um piloto de alto potencial através do que ele já alcançou e do que está alcançando”, declarou Binotto, na entrevista coletiva de apresentação do brasileiro, na sede da equipe, na Suíça. O chefe de equipe se refere ao título de Bortoleto em sua temporada de estreia na Fórmula 3 e à liderança atual na F-2, também em seu primeira participação no campeonato.

    “A maneira como ele está pilotando me impressionou e, mais do que isso, o que impressiona é sua capacidade de continuar se desenvolvendo, melhorando e progredindo ao longo da temporada. Ele está fazendo isso na F-2. O começo foi difícil, mas ele realmente foi capaz de não perder a direção do que ele está tentando alcançar. Ele mostrou progresso nesta temporada e isso é o que mais conta para mim”, declarou.

    Na F-2, Bortoleto fez um início de temporada difícil, com batidas e erros, por uma equipe que não está na lista de favoritos. No entanto, ele mostrando evolução, com duas vitórias e a liderança, faltando duas etapas para o fim do campeonato.

    “Não acho que ele seja apenas um piloto fantástico e de alto potencial, mas ele é uma ótima pessoa também, e isso é algo para o nosso projeto também – é muito importante. Então, no geral, estou muito feliz de estar aqui anunciando Gabriel”, disse Binotto, que já trabalhou com outros brasileiros na F-1, como Rubens Barrichello e Felipe Massa.

    O chefe da Sauber comentou também sobre o trabalho de Fernando Alonso atuando como um dos agentes do brasileiro. E destacou que o bicampeão mundial de F-1 não teve influência direta na contratação.

    “Eu conheço muito bem o Fernando pela minha experiência passada, por causa de como nos conhecemos no paddock. Mas ele nunca influenciou, nunca tentou vir até mim com um argumento convincente porque eu acho que o que me convenceu foi o Gabriel, nada mais. Eu tive uma conversa com o Fernando, sim, mas realmente, muito pouco.”

    Binotto afirmou também que outros pilotos estavam na briga pelo assento da Sauber na F-1, porém não teve maiores dificuldades na escolha porque buscava pilotos mais jovens – um dos candidatos era o experiente finlandês Valtteri Bottas, atual piloto da equipe, que não conseguiu renovar o seu contrato.

    “Uma das perguntas que nos fazíamos era se deveríamos dar o assento a ele já em 2025 ou se deveríamos dar a ele algum tempo para se desenvolver e depois talvez adiar para 2026, mas finalmente dissemos que sim. Ver outros jovens pilotos também indo bem na F-1 me deu mais confiança com o fato de que, sim, Gabriel pode ir muito bem desde o começo.”

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