CEO do Fortaleza fala sobre Thiago Galhardo após atentado: ‘Temos que entender o lado humano’
Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, comentou, nesta quarta-feira, o momento difícil pelo qual passa o jogador Thiago Galhardo, após o atentado sofrido pela equipe cearense, no Recife, quando do duelo com o Sport, válido pela Copa do Nordeste na semana passada. O jogo terminou empatado por 1 a 1
“A gente entendeu de imediato, é um ser humano. Ele fica afastado dos treinamentos, a princípio, até domingo. Não está em Fortaleza, está com a família, fazendo tratamento. E a gente tem que entender o lado humano, o que aconteceu foi muito grave”, disse o dirigente ao GE.
Segundo Paz, Galhardo “procurou o Vojvoda na sexta-feira, depois do treino, conversaram no gramado mesmo alguns minutos. No sábado, logo após o treino aberto, fomos conversar. Ele expôs as dificuldades que estava tendo. Antes mesmo do episódio de quarta-feira, ele disse que já vinha com alguns sintomas de depressão, de esgotamento mental, mas que o episódio de quarta-feira foi o estopim para que ele pedisse esse período para cuidar da saúde mental dele”.
Galhardo usou as redes sociais na terça-feira para revelar que sofre com crises de pânico, está abalado e profundamente angustiado. O jogador está junto com a família e segue com o tratamento.
O ônibus da equipe tricolor caiu em uma emboscada montada por torcedores de uma organizada da equipe pernambucana após o jogo. Vários jogadores ficaram feridos. O zagueiro Titi chegou a afirmar que os atletas escaparam da morte “por um milagre”. Ele, inclusive, precisou passar por um procedimento cirúrgico para retirar estilhaços de vidros e fragmentos de uma bomba caseira de sua panturrilha.
O time do Fortaleza volta a campo no domingo, quando terá pela frente o Fluminense-PI, às 20h30, pela Copa do Brasil. Além de Galhardo, o técnico Juan Pablo Vojvoda não poderá contar com o zagueiro Titi e o lateral-esquerdo Escobar.