• Centro de serviços compartilhados pode gerar transparência, agilidade e economia para a prefeitura

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  • 25/08/2019 13:25

    O Serratec apresentou recentemente a representantes das prefeituras de Petrópolis, Teresópolis e Nova Friburgo um Centro de Serviços Compartilhados, plano que visa promover a transformação digital completa no serviço público. Além disso, visa também reduzir os valores de projetos de softwares que o poder público contrata e mitigar o risco e perda de informações importantes sobre todos os serviços prestados aos cidadãos e a gestão administrativa.

    Atualmente, uma prefeitura realiza uma licitação para a aquisição de softwares, o que no meio é chamado de binário. No entanto, quando é necessário trocar esse binário por um outro fornecedor, acontece um custo extra para migrá-lo por um modelo de dados novo. Ou seja, além de um desgaste para a realização da troca, existe um custo extra para instalação de um novo software. Para que haja uma troca, os custos sobem. E, de quebra, depende da empresa contratada para apresentar o aprendizado do novo modelo. 

    Quando se contrata um software de terceiros, portanto, os riscos embutidos estão, entre várias coisas, perda de dados anteriores, que causa estragos nas informações que são cruciais para a máquina pública. Pensando na solução desses problemas, o Serratec lançou, neste ano, um programa de capacitação de novos profissionais para atuar tanto no setor privado quanto o público na gestão de novos programas que visam beneficiar a transformação digital no município. 

    O Curso de Residência, atualmente em andamento, treina mais de 50 jovens para encontrar soluções para as mais diversas questões ligadas à informática. A apresentação às prefeituras tem muitos aspectos positivos, de acordo com o presidente da entidade sem fins lucrativos, Marcelo Carius, que defende o modelo proposto de Centro Compartilhado como bom exemplo de diminuição de custos e melhora na eficiência dos serviços.

    “O Serratec está propondo um modelo de prestação de serviços compartilhado para os municípios e seus sistemas principais, om mão-de-obra capacitada, que crie soluções para os municípios”, explicou Carius.

    No arcabouço do projeto, o Serratec afirma que o plano de transformação digital reduzirá, em anos, o trabalho das Prefeituras em buscar uma solução definitiva para a realização de sua gestão interna de informática. Segundo Marcelo Carius, não eliminaria, por exemplo, a contratação de determinados softwares – que também ganham o nome de acessórios complementares – para determinados trabalhos, mas o núcleo de informações relevantes (protocolo, cadastro do munícipe, IPTU, nota fiscal eletrônica e questões tidas como simples) não precisam necessariamente serem licitadas, como ocorrem hoje. 

    Por outro lado, esse modelo de gestão proposta pelo Serratec poderia ser um efeito colateral para as empresas acostumadas a participar das licitações nas Prefeituras. Sendo assim, seria um problema para quem está acostumado a negociar com o Poder Público. Há quem veja isso não como uma crise, mas uma questão de mercado. 

    “Entendo que esse é um modelo muito bom para um momento de crise. O que ocorre é que tudo está mudando, assim como as empresas precisam mudar. Elas não podem depender só de governo e sim criar soluções para o dia-a-dia, vão se adaptar”, dissertou Marcelo, que acredita em uma redução em até um décimo de contratação de softwares em licitação, o que vai melhorar performance, qualidade, gestão e gerar riqueza geral e até novos negócios a partir disso.

         

    O diretor e um dos fundadores da Info 4, Alexandre Macedo, defendeu o modelo apresentado pelo Serratec aos políticos dos municípios que compreendem a Região Serrana. Para ele, a cooperação com as Prefeituras traz ganhos importantes porque reduz os gastos com a informática e, ao mesmo tempo, apresenta soluções que vão baratear os custos do dinheiro público com o processo de compartilhamento de dados e informações. “É uma contribuição do Serratec para aquilo que chamamos de Cidade Inteligente. Todo esse trabalho pode melhorar em muitos aspectos a vida de uma Prefeitura, sendo que além da valorização das pessoas para trabalhar nessa área, o Poder Público pode garantir uma melhor arrecadação de impostos, nas licitações para merenda escolar, área da segurança e além dos ganhos na área da inovação e criar suas próprias soluções para estes problemas internos”, declarou Macedo.

    Entidade prepara alunos para atuar na Transformação Digital

    Um estudo realizado pela consultoria E-Consulting aponta os maiores obstáculos dos CIOs (Chief Information Officer) para tornar real o uso da Transformação Digital nas empresas. Dentre as maiores dificuldades, a falta de mão de obra capacitada lidera a lista com 11%. Em segundo lugar, com 10%, está a dificuldade de comprovar resultados concretos para os acionistas, enquanto 9% acredita que o problema para o conceito ainda não ter vingando no Brasil é o baixo conhecimento que os profissionais detêm para trabalhar de forma inteligente com dados do usuário, do cliente e do consumidor.

    Mesmo diante destes obstáculos, 50% dos entrevistados informam que estão em curso para aderir algumas das tendências ligadas à Transformação Digital, tais como Big Data, Blockchain, Apps, autoatendimento, chatbots, RFID, nanotecnologia, realidade aumentada, dentre outras. O movimento de adoção destas tecnologias é de um futuro próximo, entre dois e cinco anos. O Serratec caminha justamente nesse sentido. Ainda neste ano, o Curso de Residência colocará no mercado dezenas de profissionais jovens capacitados para atender a mais diversas soluções na área da informática. Mais que isso, preparada para atender ao plano para as Prefeituras como também nas empresas aqui instaladas e nas que podem, um dia, fincar seus pés na Cidade Imperial.

    O especialista em Gestão de Recursos Humanos, George Paiva, ressaltou que este programa oferecido pelo Serratec tem como objetivo preparar profissionais para a área de programação e desenvolvimento, e a ideia é ter na Região Serrana esse tipo de mão-de-obra para que a região se posicione como Parque Tecnológico. “O resultado disso impacta no desenvolvimento da cidade, crescimento econômico, porque o objetivo é ser parceiro digital de outras cidades e estados. Que a Região Serrana possa ser a parceira do Brasil na transformação digital. São cursos de alta tecnologia que capacitarão jovens e criar profissionais alinhados na área da tecnologia da informação”, frisou George Paiva.

    Nenhuma das três prefeituras se manifestou sobre o assunto até o fechamento da matéria.

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