• Centro de Saúde tem novo protocolo de atendimento a pacientes ostomizados

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  • 20/08/2021 11:35
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Os pacientes ostomizados vão receber, a partir de agora, material em quantidade suficiente para um mês de tratamento. O horário de entrega das bolsas de colostomia no Centro de Saúde, da Rua Santos Dumont, também foi ampliado passando agora de 8h30 às 19h30 de segunda a quinta-feira, e de 08h30 as 17h30 às sextas-feiras.

    O novo protocolo foi anunciado pela Prefeitura de Petrópolis nesta sexta-feira (20). Além das mudanças na entrega do material, os pacientes que fazem o tratamento no Centro de Saúde também passarão a contar com equipe multidisciplinar composta por médico, enfermeiro, assistente social, nutricionista, psicólogo e fisioterapeuta. E cada dois meses, os profissionais de enfermagem farão atendimentos de rotina, a partir de agendamento prévio.

    No ano passado, a Defensoria Pública conseguiu na Justiça, que a Secretaria de Saúde passe a fornecer, de imediato, e pelo tempo necessário, a quantidade suficiente de bolsas de colostomia, em tamanho adequado, além de fitas adesivas, a uma paciente que sofre de prolapso do intestino. Na época, o juízo da 4ª Vara Cível de Petrópolis também determinou que, em 30 dias, as autoridades sanitárias informem as providências tomadas para normalizar o fornecimento desses insumos a todos os pacientes ostomizados por colostomia ou ileostomia (abertura do abdômen para acesso ao intestino grosso ou delgado).

    O Centro de Saúde conta com 261 pacientes ostomizados. Desse total, 189 fazem retirada mensal de bolsas de colostomia na unidade, entre homens, mulheres e crianças. “São pessoas que precisam de bolsas específicas e que passarão a receber o material adequado às necessidades”, explica o secretário de Saúde Aloisio Barbosa, ressaltando que os profissionais da unidade passam por qualificação permanente para garantir o atendimento de qualidade aos pacientes.

    A ostomia é um procedimento cirúrgico realizado no aparelho digestivo ou urinário, que tem como objetivo criar um desvio dos conteúdos que passam por estes sistemas para o meio externo, para serem recolhidos por uma bolsa coletora. A ostomia promove uma ligação do intestino ou da bexiga urinária, conforme o caso clínico, até uma abertura na parede abdominal.

    “Após a recuperação da cirurgia, os pacientes devem usar reservatórios adequados para a bolsa, que ficam aderidos à pele e são fáceis de trocar quando necessário. Nem sempre a adaptação é fácil, e os pacientes podem ter problemas psicológicos e sociais. Por isso o acompanhamento de forma humanizada”, explica a enfermeira Erica Wendling.

    A bolsa de colostomia é um aparelho médico, utilizado em pacientes que realizaram a cirurgia de Colostomia que consiste na abertura do cólon (parte longa do intestino grosso) através da parede abdominal. Dessa forma, a parte final do intestino grosso é retirada. Esse mecanismo é realizado em pessoas que sofrem de doenças inflamatórias no intestino, câncer intestinal ou alguma doença que exige a amputação do reto. A bolsa de colostomia é um saco coletor, que pode estar localizado ao lado do abdômen, exercendo a função de receber as fezes ou a urina.

    A enfermeira ressalta que há uma série de indicações para os pacientes no cuidado com a bolsa. Os pacientes atendidos no polo de ostomia, no Centro de Saúde, são encaminhados pelo médico responsável. Em seguida é realizado o cadastro, acolhimento e agendamento da consulta de enfermagem. A partir daí são identificadas as necessidades das pessoas, tanto de equipamentos, como de atendimento pela equipe.

    A modelista Sônia Assumpção, de 49 anos, faz acompanhamento no Centro de Saúde há cerca de um ano. “Antes era um pouco mais complicado porque tinha que ir duas vezes buscar as bolsas, isso sem falar quando não tinha as bolsas. A colostomia foi um mal necessário para salvar a minha vida. Eu fui super acolhida pelos enfermeiros e médicos que me ajudaram a entender e lidar com essa nova vida”, contou a paciente que teve câncer no intestino em 2019 e passou por vários procedimentos até chegar à colostomia definitiva.

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