Centenário de Frei Aniceto será comemorado no próximo domingo

No próximo domingo, dia 23, a comunidade da Mosela vai viver um momento muito especial, com o translado dos restos mortais de Frei Aniceto, da Igreja do Sagrado Coração de Jesus para a Igreja São Judas Tadeu, comemorando o centenário de seu nascimento. Para celebrar a data e este momento histórico, o pároco da Mosela, Padre Jardel Lima, vai presidir a missa, às 11h, que terá a presença de vários franciscanos, ordem que pertencia Frei Aniceto. 

As comemorações pelo centenário de Frei Aniceto teve início no dia 25 de outubro do ano passado, com missa, bênção do Centro Pastoral e Social Frei Aniceto e uma exposição sobre sua vida e obra. Padre Jardel assinalou ainda que “muito mais do que uma obra educacional, Frei Aniceto ensinou a arte de bem viver”. “Para nós, Igreja Católica, educar está além de transmitir uma ciência, é transmitir a belíssima arte de bem viver”, completou. 

Aniceto Carlos Kroker nasceu em Stolzmuetz, Alemanha, em 25 de outubro de 1916, filho de Carlos Kroker e Berta Kroker. Veio para o Brasil e logo ingressou na Ordem dos Frades Menores, estudou nos seminários de Rio Negro (SC), Curitiba (PR) até vir para Petrópolis (RJ), onde foi ordenado sacerdote em 30 de novembro de 1941.

Conforme relata o livro Vida Franciscana, de 1995, Frei Aniceto foi coadjutor em Petrópolis, de 1942 a 1947, “visitando, a cavalo, para missa e catequese, as capelas de Araras, Andrade Costa, Andrade Pinto, Sebolas, Facão. Em fins de semana ajudava em Paty do Alferes. Às quintas-feiras trabalhava com Frei Leão no Alto da Serra e ainda atendia, também com missa e catequese, a capela de Pau Grande.

Em 1948 foi nomeado pároco de Nossa Senhora do Pilar, na Baixada, tendo sob seus cuidados ainda Raiz da Serra, Xerém e Inhomirim, uma região velha que recomeçava a se movimentar.

De fins de 1938 a fins de 1951 foi superior e pároco de Duque de Caxias. De começos de 1952 a fins de 1955 foi superior e pároco em Vila Velha, no Espírito Santo. A partir de 1956 viveu no Convento do Sagrado Coração, em Petrópolis, seja como pároco, seja como coadjutor, sendo por muitos anos o coordenador diocesano e o responsável pelo convênio escolar entre a prefeitura e a mitra”.

Durante os anos em que viveu em Petrópolis, Frei Aniceto se dedicou a bairros populares e regiões de periferia, tendo atuado nas áreas do Oswaldo Cruz, Moinho Preto, Rocio, Bairro Castrioto e Mosela – local onde realizou a maior parte de sua obra e deixou grande legado espiritual e material. Todo projeto desenvolvido por ele pode ser resumido em duas palavras: evangelização e educação. Isso fica evidente ao observar suas obras: Igrejas e escolas. Aos 78 anos, Frei Aniceto faleceu em 14 de dezembro de 1994, em Petrópolis, após 58 anos de vida religiosa e 53 de sacerdócio.