• Cemitério: realocação de ossadas vai depender de DNA

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  • 26/mar 04:26

    **Correção feita às 18h12, na nota sobre os novos ônibus da TURP que chegam à cidade

    A prefeitura anunciou que fará a realocação dos corpos sepultados em gavetas, uma grande área que sofreu deslizamento da encosta no Cemitério do Centro. Mas, não vai ser simples assim, imaginando que se possa tirar as ossadas que ficaram à vista e levar para outras. Os restos mortais ficaram misturados e não há como fazer a identificação apenas a olho nu. A prefeitura aguarda autorização judicial para mexer no local e também vai precisar de anuência das famílias. E para dar sepulturas dignas aos familiares falecidos vai ter de fazer a identificação via DNA.

    Covas rasas

    E a gente vai além: além dos sepultados nas gavetas há os falecidos colocados em cova rasa que ficam na parte mais alta do cemitério – repetindo o ciclo da vida dos menos favorecidos na cidade – e que podem ter sofrido também com o desmoronamento da área. Até com chuvas menos intensas já ocorreu em ocasiões anteriores.

    Ideia ruim

    Lembra que há alguns dias a gente comentou aqui que achou estranho demais  que a Defesa Civil tenha aberto um registro de preços para a contratação de 90  temporários ‘sob demanda’, entre eles 60 agentes de DC, com exigência apenas de ensino médio? A ideia era contratar pessoas só em casos de necessidade como foi o episódio recente.  Imaginem com a chuva deste final de semana quando houve prazo de apenas 48 horas para se organizar ter que contar com pessoas com pouca ou nenhuma experiência. E como contratar com apenas dois dias de prazo? Se a tragédia fosse mais ampla como ia ser feito?

    Verdade seja dita: se não fosse a conclusão da primeira etapa da reforma do túnel extravasor do Quissamã, pelo governo do Estado, obra de R$ 111 milhões, tinha dado um ruim tremendo. As imagens feitas por moradores na sexta-feira mostrando a velocidade da água dentro do túnel de escoamento são de arrepiar.

    Ai, ai

    A gente não ia falar nada, não porque iam achar que era implicância. Mas a gente notou que as câmeras de monitoramento, disponibilizadas em tempo real para o cidadão, não mostravam muito a realidade. Tivemos a impressão que elas ficavam viradas para o lado onde não estava inundando. Mas, achamos que era ranhetice nossa e era melhor nem levantar essa lebre. Que nada! Muita gente viu o mesmo que nós.

    Golpe

    E usar a tragédia dos outros para levar vantagem deveria ser crime inafiançável.  Circulou nas redes sociais o link para um grupo (falso) pedindo doações.  No final do dia uma suspeita foi presa.

    Pensa direito, gente

    A gente fica pensando também sobre as decisões tomadas pelo comitê das chuvas: a volta às aulas ficou autorizada ontem, mesmo do o sindicato das empresas de ônibus ter avisado, no domingo, que 25 linhas continuavam com problemas de circulação por causa de interdições parciais e totais das vias… Deve ser de autoria do mesmo gênio que autorizou recolher ônibus às garagens às 21h30 de sexta com centenas de trabalhadores nas ruas a pé e sem ter um plano de apoio para que pudessem chegar em casa.

    Humildade

    É ano eleitoral e as divergências político-partidárias ficam em evidência, mas pelo que deu para ver de estragos novos (além dos ‘antigos’ que ainda precisam ser sanados) o prejuízo é grande e vão ser necessários recursos. Bomtempo não vai poder prescindir da ajuda do governador Cláudio Castro. A não ser que o governo Lula nos dê uns R$ 2 bilhões. E acompanhados de projeto, know how, licitação feita e fiscalização das obras.

    Na contramão – ainda bem – da Cascatinha e PetroIta, a Turp já subiu a serra com oito carros novos, todos de três portas.

    Contagem

    E Petrópolis está há 322 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Será?

    Será que o estudo de mobilidade da Coppe/UFRJ levou em conta as caquinhas que a própria prefeitura promove fazendo uma lambança no fluxo? Veja o exemplo da Praça do Skate: ali tem ponto de ônibus e ainda cones para reservar vagas dos táxi, afunilando a via que podia ter duas faixas,  uma para contornar a praça e subir a rua Silva Jardim, e outra para os colégios da Benjamin Constant. Outro problema é a própria Silva Jardim, uma rua estreita com curvas bem fechadas ser utilizada em mão dupla.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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