• Cemitério pode ser criadouro de Aedes Aegypti

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  • 01/03/2016 16:18

    O combate ao aedes aegypti foi intensificado nas últimas semanas em Petrópolis, quando o governo recebeu a ajuda do Exército para entrar nas casas. Porém, os locais públicos como o Cemitério Municipal não estão recebendo a devida atenção. Na manhã de ontem, uma equipe da Tribuna foi até o local e encontrou não só as dezenas de criadouro como também o mosquito. 

    Logo na entrada, na parte mais alta do local, a bagunça de objetos como latas, baldes de tinta, garrafa de café e outros materiais já podia ser vista. A maioria dos objetos estava destampada e mal armazenada. Muitos vasos tinham água parada dentro e em um dos cantos do local pôde ser flagrado ainda um descarte irregular com restos de caixão aberto, garrafas PET e sacos plásticos. 

    A parte mais alta do cemitério é ao lado da comunidade Oswaldo Cruz, mais conhecida como Canto do Cemitério, e os moradores usam o trecho como acesso mais rápido à cidade. Eles temem que a proliferação dos mosquitos seja um problema, principalmente com as centenas de crianças que passam pelo trecho diariamente. De acordo com Lourival de Luiz dos Santos, não é fácil exterminar todos os focos. “É muita coisa, o pessoal do Exército e da dengue esteve aqui há pouco tempo, mas não conseguiu dar conta. Aqui tem um pocinho que deve ter muitas larvas”, diz.

    O pocinho que Lourival se refere é uma lajota mais funda ao lado de alguns túmulos. Ele usa o caminho diariamente para levar e buscar as filhas na escol e teme que elas sejam as próximas vítimas. Enquanto Lourival era entrevistado, a filha apontou para o mosquito que estava na perna da repórter. “Olha, pai, o mosquito na perna dela!”, disse a pequena que se assustou. 

    O funcionário do cemitério, Alexandre dos Santos, contou que a situação é normal e que já matou vários mosquitos lá. Perguntado se teve algumas das três doenças que o mosquito transmite, ele negou e disse que para nenhum deles foi transmitido ainda dengue, zika vírus ou chicungunya. “Passo repelente e não adianta tirarmos a água porque vem as famílias e colocam de novo. A prefeitura deixou terra aqui e estamos colocando nos vasos”, fala. 

    A Vigilância Sanitária informou que mantém equipes fazendo a vistoria no cemitério regularmente a cada 15 dias. A próxima visita será realizada ainda nesta semana. A secretaria de Administração informa que reforçará a limpeza no local. 


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