Cem pacientes do CapsAd Itaipava estão sem assistência psiquiátrica
Os pacientes que faziam acompanhamento psiquiátrico no CapsAd em Itaipava contam que estão há quase dez dias sem especialista. A profissional que atendia na área não trabalha mais no local e os cerca de 100 pacientes, segundo relatos de parentes, estão sem auxílio. A preocupação de muitos é justamente com a interrupção do tratamento dessas pessoas, que na maioria dos casos dependem de remédios controlados que só podem ser comprados com receita médica.
O professor Martins Prats, que mora perto da unidade e sempre acompanha a esposa que se trata contra depressão no local, teme uma recaída dos pacientes na doença. “Depressão é coisa séria! Envolve o uso de medicamentos fortes e acompanhamento contínuo com psiquiatra. Acho absurdo que uma profissional seja demitida, ou transferida de uma unidade, e ninguém seja colocado no lugar para absorver os pacientes desse profissional. Como ficam essas pessoas que precisam de ajuda especializada? Pior, que precisam de remédios controlados para não entrarem em crise?”, questionou.
Diante da situação, o professor afirma que irá ao local na segunda-feira cobrar um prazo da direção para a contratação de um novo profissional, e se não obtiver retorno positivo fará um abaixo assinado e entregará na secretária de saúde. “A saúde mental já não é tratada com a devida atenção no país e as poucas medidas criadas para atender esse público não são levadas a sério. Espero que a situação seja solucionada o mais breve possível”, desabafou.
A Secretaria de Saúde informou que está em processo de contratação de outro profissional para reposição da especialista que pediu afastamento na semana passada.