• Cedae vai plantar um milhão de árvores às margens do Rio Guandu em 5 anos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 22/09/2021 10:26
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    A Cedae lançou nesta terça-feira (21), Dia Mundial da Árvore, na Rodovia Presidente Dutra, altura de Engenheiro Pedreira, em Japeri, projeto para recuperação da mata ciliar do Rio Guandu. A iniciativa prevê o plantio de 1 milhão de árvores em até cinco anos numa faixa de 500 hectares, o que corresponde a mais de 700 gramados do Maracanã. Integrantes do projeto Replantando Vida, egressos do sistema prisional plantaram as primeiras 2 mil mudas. Ações de reflorestamento como esta são importantes para combater a escassez de água, erosão e assoreamento.

    Ao longo dos próximos cinco anos, a Cedae oferecerá capacitação técnica na área ambiental para mil apenados participantes do programa Replantando Vida, mobilizando, em média, 200 por ano. Os egressos do sistema penal vão atuar desde a coleta das sementes, germinação e produção das mudas florestais, plantio e manutenção até o monitoramento do reflorestamento. Além dos benefícios ambientais, o projeto proporciona oportunidade de trabalho, capacitação e inclusão social para pessoas em cumprimento de pena.

    “O nosso objetivo é atuar cada vez mais alinhados à agenda ESG (ambiental, social e governança). A Cedae já começou a trabalhar e continuará trabalhando para deixar um legado de sustentabilidade ao Rio de Janeiro. O Replantando Vida vem alcançando importantes marcas no que há de mais contemporâneo no cenário mundial referente às questões ambientais e sociais”, destacou o presidente da Cedae, Leonardo Soares.

    A medida contribui ainda para a qualidade da água bruta do Rio Guandu, tratada na Estação Guandu, a maior do mundo em produção contínua, que processa 43 mil litros de água por segundo, conforme registro no Guinness Book. A ETA abastece mais de nove milhões de moradores da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

    Sobre o Replantando Vida

    Unindo preservação ambiental e ressocialização de apenados do sistema prisional estadual, o programa Replantando Vida mantém viveiros florestais na Estação de Tratamento de Águas (ETA) do Guandu, na Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) de São Gonçalo, na ETE Alegria, no Reservatório Victor Konder, na Caixa Velha da Tijuca, no Complexo do Alemão e na Colônia Penal Agrícola de Magé. As unidades têm capacidade de produzir 1,8 milhão de mudas por ano de 254 espécies nativas da Mata Atlântica, das quais 40 estão ameaçadas de extinção.

    As espécies cultivadas nos viveiros da Companhia são usadas na recuperação de matas ciliares e na preservação da Mata Atlântica. Somente em 2021, mais de 78 mil mudas foram distribuídas a projetos de reflorestamento em 41 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Ao longo de 20 anos, mais de 4 milhões de mudas foram produzidas.

    Todos os viveiros contam com a mão de obra de apenados dos regimes semiaberto, aberto e liberdade condicional que integram o programa, fruto do contrato entre a Cedae e a Fundação Santa Cabrini. Além dos trabalhos ligados à área ambiental, os participantes desempenham diversas atividades dentro da Cedae, como auxílio nos serviços gerais dos setores administrativos e operacionais; confecção de uniformes da companhia e máscaras de proteção contra a Covid-19; manutenção de áreas verdes e jardinagem; obras e reparos. Eles recebem remuneração pelo serviço prestado, auxílios transporte e alimentação, além do benefício de redução de um dia de pena a cada três trabalhados.

    Desde sua criação, mais de 4 mil pessoas já passaram pelo Replantando Vida, que é o maior empregador de mão de obra apenada do país. O programa, contrato da Cedae com a Fundação Santa Cabrini, recebeu o reconhecimento pelo “Selo Resgata”, concedido pelo Ministério da Justiça em três edições, e foi contemplado com quatro premiações da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o prêmio Firjan Ambiental.

    Últimas