• CBF cria comissão de combate ao racismo e à violência no futebol

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  • 13/10/2022 11:12
    Por Rodrigo Sampaio / Estadão

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) instituiu a criação de uma comissão para combater o racismo e a violência no futebol. O Grupo de Trabalho (GT) é formado por 46 membros, que representam mais de 30 entidades, entre elas a Fifa, Conmebol, federações estaduais, clubes e o Ministério Público. Os atletas são representados pelo ex-goleiro Aranha. A informação foi divulgada originalmente pelo GE e confirmada pelo Estadão.

    Segundo o documento obtido pelo Estadão, uma portaria assinada por Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, o GT irá “discutir os aspectos legais e operacionais relacionados ao aprimoramento do marco regulatório, das políticas públicas e dos procedimentos desportivos”, além da coordenação de ações no enfrentamento do racismo e da violência. A primeira reunião será no dia 1º de novembro, às 10h, por videoconferência, sob coordenação do gerente de projetos Ricardo Leão. Todos os times das séries A, B, C e D foram notificados.

    O compromisso foi firmado pela CBF e pelas federações no “Manifesto em favor da vida e do futebol brasileiro”. Em agosto, a entidade máxima do futebol brasileiro lançou a campanha “Por um futebol e uma sociedade antirracista”, com a realização de um seminário sobre o tema, no mesmo mês, na sede do órgão, no Rio de Janeiro.

    Durante o evento, Ednaldo Rodrigues propôs a perda de um ponto na tabela de classificação para cada caso de racismo envolvendo os times a partir do próximo ano. “Sou negro, nordestino, e sei o que é enfrentar preconceito na vida”, afirmou Ednaldo. “Não há mais espaço para racistas no século 21”, disse na ocasião.

    Alessandro Barcellos, presidente do Internacional e membro da comissão, afirma que o tema deve ser tratado como prioridade não apenas no esporte, mas na nossa sociedade como um todo. Ele conta que o clube, pioneiro ao incluir uma cláusula antidiscriminação nos contratos de trabalho de jogadores, está satisfeito com o prosseguimento do projeto.

    “Entendemos que isso é uma tendência em várias organizações, e no futebol não seria diferente. Temos demonstrado preocupação e interesse em crescer cada vez mais como instituição ao trazer com bastante intensidade projetos voltados para a inclusão e diversidade, sempre de forma democrática envolvendo nossos consulados e torcedores em geral”, explica Barcellos.

    Confira os representantes da comissão de combate ao racismo e à violência no futebol:

    Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

    Samantha Mendes Longo, diretora jurídica da CBF

    Júlio Avellar, diretor de competições da CBF

    Regina Célia Sampaio, gerente jurídica da CBF

    Ricardo Leão de Andrade, gerente de projetos da CBF

    Adriano Guilherme de Aro Ferreira, presidente da Federação Mineira de Futebol

    Michelle Ramalho Cardoso, presidente da Federação Paraibana de Futebol

    Alessandro Barcellos, presidente do Inter

    Wellington Silva, conselheiro do Inter

    Cauê Vieira, vice-presidente de Relacionamento Social do Internacional

    Guilherme Bellintani, presidente do Bahia

    Nelson Barros Neto, gerente de comunicação do Bahia

    Roberta Maria Ramos Negrini, vice-presidente de Inclusão e Diversidade do Sport

    Andrey Reis, do grupo de Planejamento e Operações de Segurança da Fifa

    Gerd Dembowski, gerente de Diversidade e Antidiscriminação da Fifa

    Pavel Klymenko, assessor de Diversidade e Antidiscriminação da Fifa

    Gustavo Morelli, gerente de Segurança da Conmebol

    Alejandro Moreno, coordenador de Segurança da Conmebol

    Aranha, ex-goleiro e autor do livro “Brasil”

    Daniela Alves, ex-jogadora e treinadora de futebol

    Ricardo Marques Ribeiro, ex-árbitro de futebol

    Luciano Hostins, diretor jurídico do Comitê Olímpico do Brasil (COB)

    Paulo Losinkas, diretor jurídico do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

    Paulo Sérgio Feuz, auditor do STJD

    Ronaldo Botelho Piacente, procurador geral do STJD

    Maurício Neves Fonseca, vice-presidente do STJD

    Dagoberto Fernando dos Santos, diretor do Departamento de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor do Ministério da Cidadania

    João Rafael de Souza Caetano Soares, auxiliar parlamentar do Senado Federal

    Carolina Ranzolin Nerbass, juíza auxiliar do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

    Valberto Lira, do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos

    Valdecy Urquiza, delegado da Interpol

    Rodrigo de Brito Carnevale, delegado da Interpol

    Elbert Vinhático Neves, tenente coronel do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais (PM-BA)

    Hilmar Faulhaber, tenente coronel do Conselho Nacional de Comandantes-Gerais (PM-RJ)

    Mário Dermeval Aravechia de Resende, presidente do Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil

    Marcello Barros de Oliveira, assessor parlamentar e de Relações Institucionais da Polícia Civil RJ

    Marcelo Medeiros de Carvalho, fundador do Observatório Racial do Futebol

    Onã Rudá Silva Cavalcanti, fundador do Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQs

    Fabiano Machado da Rosa, advogado especialista em Compliance Antidiscriminatório

    Arlete Mesquita, conselheira federal e vice-presidente da Comissão de Direito Desportivo da OAB

    Luiz Cláudio do Carmo, presidente da Anatorg

    Pedro Trengrouse, advogado e coordenador acadêmico do Programa FGV/Fifa/Cies da PUC-MG

    Stuart Dykes, especialista em SLO da SD Europe

    Lena Gustafson-Wiberg, especialista em SLO da SD Europe

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