Cavalos soltos são flagrados na Mosela: cresce o número de animais nas ruas
Além do problema quase crônico de abandono de cães e gatos, Petrópolis tem enfrentado o aumento de animais de grande porte que ficam perambulando pelas ruas. Na última sexta-feira, dois cavalos foram flagrados caminhando livremente na Mosela. Um protetor independente foi chamado por populares para ajudar a conter os animais, mas quando chegou ao local os proprietários já haviam buscado os cavalos, que tinham fugido do Quarteirão Brasileiro.
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Com a Coordenadoria de Bem-estar Animal contando com apenas três pessoas, quem acaba sendo convocado para ajudar no resgate de equinos, bovinos, animais silvestres e animais domesticados são os protetores de ongs e independentes. O protetor Domingos Galante conhece bem essa realidade. Na última sexta-feira, ele que foi até o local para tentar resgatar os animais.
“Os cavalos que ficam soltos pela cidade vivem em situação de maus tratos, em sofrimento. O município tem um curral que pode ser usado para o resgate dos animais, mas falta estrutura pra fazer esse trabalho. O curral poderia muito bem ser usado para o resgate de cabritos, porcos e até cães e gatos. Investir na ampliação de equipamento, e modernizá-lo, ajudaria a prefeitura e os protetores”, destacou o
Fragoso, Estrada da Saudade, Jardim Salvador, Estrada União e Indústria, Quarteirão Brasileiro, Quitandinha, Espírito Santo, Comunidade do Alemão são alguns dos locais onde estes animais são vistos soltos andando livremente com bastante frequência. Além de maus tratos, há denúncias de que estes animais são usados como moeda de troca em algumas localidades. Tratamento que muitas vezes custa a vida do animal.
“São vários problemas envolvendo os cavalos soltos na rua. Há a falta de controle dos animais por parte do município. Os animais não são micro chipados como os cavalos das charretes. E quando são, como aconteceu durante a castração de cães e gatos, o cadastro se perde. É uma série de problemas que levam o município para o caos que está hoje. Os cavalos são mais vistos por serem maiores, mas o problema se repete há muito tempo também com cães e gatos”, destacou a presidente da AnimaVida, Ana Cristina.
No início deste ano, uma vaca foi sacrificada durante um resgate feito por agentes da Cobea e da Guarda Civil. O caso trouxe a tona a necessidade de investimento em equipamentos e capacitação profissional das esquipes técnicas para o resgate e cuidado animal na cidade. Nos dois primeiros meses do ano passado, a Guarda Civil recebeu 22 denúncias referente apreensão de animais de grande porte. Neste ano, foram 18 contabilizados até agora.
A Prefeitura informou que os animais que são apreendidos pela Guarda Civil recebem um microchip de identificação e passa por exames obrigatórios de Anemia Infecciosa Equina (AIE) e Mormo. Mas não informou que tipo de medidas serão tomadas em relação as denúncias dos animais de grande porte soltos nas vias.