Castração pode salvar a vida de cães e de gatos
A cada dia que passa, a população de cães e gatos cresce sem controle. Entretanto, poucos que nascem conseguem ter um dono e uma vida decente. Segundo a Organização Mundial da Saúde, estima-se que só no Brasil, existam mais de 30 milhões de animais abandonados, sendo 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Nas grandes cidades, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. Trata-se de uma situação preocupante e uma das opções para reverter esse quadro é a castração.
Tal ação contribui de várias formas para dar qualidade de vida ao animal, bem como ajudar a salvar a vida de muitos que não terão a chance de encontrar um lar, muito menos receber os cuidados básicos que precisam. Além disso, castrar seu pet previne doenças e evita alguns comportamentos inadequados. Confira as principais vantagens de realizar o procedimento:
· Diminui drasticamente o risco de doenças nas vias uterinas e órgãos genitais: como câncer de mama, útero, próstata, testículos e infecções na bexiga, que podem ocorrer nos machos em consequência do aumento da próstata;
· Elimina a gravidez psicológica, comum em algumas fêmeas após o término do cio, o que ocasiona aumento das mamas, a produção de leite e irritabilidade excessiva;
· Diminui em 94%, o risco das fugas e brigas, que podem acarretar acidentes graves e até fatais;
· Acaba com os latidos, uivos e miados excessivos que ocorrem por ocasião do cio e também elimina os estados de excitação por falta de cruzamento. Além de contribuir com a diminuição no roubo de animais de raça para procriação e venda clandestina.
Prevenindo o câncer nos pets
O câncer é uma patologia grave e muitas vezes tratável, embora diminua a qualidade de vida dos animais, já que causa dor, alterações sanguíneas e frequentemente exige tratamento cirúrgico, quimioterápico e radioterápico.
“Uma forma de evitar os tumores mamários, por exemplo, um dos tipos mais comuns nos animais de estimação, é a castração de cadelas e gatas antes do primeiro cio”, explica Mariana Cazaux, médica veterinária e oncologista.
Esse procedimento talvez seja a única saída para reduzir o número de animais de rua, assim como reduzir a incidência de câncer em cães e gatos. Um ótimo período para realizar o procedimento é 30 dias após as vacinas aplicadas ao filhote, quando a recuperação é mais rápida. Além disso, após os seis anos de idade, as possibilidades das doenças citadas acima se manifestarem aumenta significativamente.