Casos de dengue disparam no Brasil, mas Petrópolis se mantém em baixo risco

Embora o município ainda esteja em baixo risco, o número de pessoas com a doença é maior comparado com o ano passado

O atual cenário dos casos de dengue no Brasil tem sido preocupante. Isso porque o país já registrou 192 mortes neste ano, um aumento de 29% em relação ao número de casos no mesmo período de 2022, segundo o boletim epidemiológico mais recente emitido pelo Ministério da Saúde. Além disso, há 4.282 municípios com casos de dengue no Brasil. Somente no estado do Rio de Janeiro há de 50,1 a 100 casos da doença para cada 100 mil habitantes.

Em Petrópolis, entre os meses de janeiro e março deste ano, foram confirmados cinco casos de dengue e três de chikungunya. Casos de zika não foram registrados. No mesmo período do ano passado, foram registrados um caso de dengue e um de Chikungunya, de acordo com a Secretaria de Saúde.

O Levantamento de Índice Rápido para Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), realizado entre os dias 2 e 6 de janeiro, constatou o índice de 0,61%, mantendo o município no nível de baixo risco. No período foram visitados 5.094 imóveis entre o primeiro e o quinto distrito. O Ministério da Saúde orienta que o nível tolerado seja inferior a 1%.

Orientação à população

Durante todo o ano, as equipes de Agentes de Combate a Endemias (ACE) realizam o trabalho de combate aos vetores e de orientação à população. Nas visitas, as equipes fazem a destruição de criadouros e aplicam larvicidas. Porém, é importante que o cidadão faça a sua parte e mantenha os devidos cuidados. Os criadouros são encontrados, principalmente, em vasos, pratos e frascos de plantas e bebedouros para animais.

Vacinação

Em março deste ano, a nova vacina da dengue para pessoas que nunca entraram em contato com a doença, a Qdenga (TAK-003), do laboratório japonês Takeda Pharma, foi aprovada pela Anvisa. Questionado sobre o início da vacinação no país, o Ministério da Saúde informou que a inclusão da vacina para controle da dengue no SUS é prioridade do Ministério da Saúde, que monitora atentamente o cenário epidemiológico das arboviroses no país.

A pasta explicou ainda que, diante da aprovação do imunizante pela Anvisa, o produto deve ser analisado pela CMED (Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos), que definirá o preço teto da vacina e, na sequência, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) deve avaliar a sua incorporação na rede pública de saúde.

Nessa análise, a Conitec considera aspectos como eficácia, efetividade, segurança e impacto econômico da nova tecnologia com base nas melhores evidências científicas disponíveis.

O Ministério da Saúde também dialoga com o setor de pesquisas e novas tecnologias que desenvolvem estudos relacionados à vacina contra a dengue.