Casos de dengue caem 37% em Petrópolis em um ano
Em tempos de pandemia do Covid-19, até o nosso conhecido mosquito Aedes aegypti deu uma trégua. Em um ano, os casos de dengue em Petrópolis caíram cerca de 37%, de acordo com os dados divulgados pela Prefeitura. Em todo o ano de 2019, foram 38 registros. Em 2020, foram apenas cinco notificações, sendo a última em fevereiro.
Outra doença também transmitida pelo mosquito – a Zika – teve redução significativa de casos em um ano. Foram sete em 2019. Este ano, foi apenas uma notificação, que aconteceu em janeiro. Já a Chikungunya teve um pequeno aumento de casos no mesmo período. Foram três no ano passado e agora, em 2020, foram cinco registros, sendo o último ocorrido em fevereiro.
Em todo o Estado do Rio de Janeiro houve redução dos registros dessas doenças. De acordo com os dados da Secretaria de Saúde do Estado, em 2018 foram 14.763 casos, com dois óbitos. No ano seguinte, foram mais de 30 mil pessoas infectadas e nenhuma morte. Em 2020, esse número diminui muito, com 4.339 casos e também nenhum óbito. A pandemia é o principal motivo para essa queda, explica o porta-voz da secretaria, Alexandre Chieppe.
“A SES esperava, com base nos dados colhidos em 2019, principalmente por conta da reentrada do vírus 2 da dengue (vírus que havia circulado no Rio de Janeiro nos anos de 2007 a 2009), que houvesse um aumento de casos, porque uma parte significativa da população é suscetível a esse tipo de vírus. Mas não foi o que observamos. Isso conseguimos afirmar, porque não confirmamos nenhum óbito por dengue em 2020, até o momento, no estado do Rio. Efetivamente o número de casos foi muito menor do que no ano de 2019. Há algumas hipóteses para isso ter ocorrido. Pode estar relacionado à questão do distanciamento social, de alguma forma, e ao fato de a gente ter outra epidemia concorrente, que de certa forma dificulta a entrada de um novo vírus no organismo das pessoas”, afirma Chieppe.
Apesar dos números baixos, o trabalho de combate aos vetores continua em Petrópolis, mesmo no período de pandemia. De acordo com a Prefeitura, até o mês de outubro, 105.708 imóveis receberam a visita de agentes da Vigilância Ambiental. Nas visitas são realizadas vistoria dos imóveis, destruição de criadouros e aplicação de larvicidas, quando necessário.
Entre os dias 28 de setembro e dois de outubro, a Prefeitura também realizou o Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa). Quase cinco mil imóveis foram visitados. Os moradores receberam orientações sobre a campanha “10 Minutos Contra a Dengue” e as equipes identificaram e eliminaram os criadouros de mosquitos nas residências.
O índice do último LIRAa foi considerado de baixo risco, mostrando 0,3 % de infestação do mosquito. Os imóveis positivos, segundo a Prefeitura, foram nos bairros Mosela, Morin, Quissamã, Boa Vista, Carangola, Roseiral, Corrêas, Itaipava, Via Rica e Posse.
A Prefeitura anunciou também que a Vigilância Ambiental intensificará, no verão, todas as ações educativas para prevenção dessas doenças. Para aumentar o atendimento à população, a Secretaria de Saúde convocou mais 29 agentes de combate às endemias do último concurso, que já estão atuando, e mais 11 estão em processo de contratação.
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