• Caso envolvendo estampa de camisa de marca petropolitana é denunciado ao MPRJ

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  • 04/dez 18:07
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis | Foto: Divulgação

    O caso que envolve a estampa de uma camisa supostamente racista feita pela marca petropolitana “Criações Gênesis” ganhou um novo desdobramento. A vereadora eleita Lívia Miranda (PCdoB), junto ao coordenador de Promoção e Igualdade Racial de Petrópolis, Filipe Graciano, formalizou uma denúncia contra a marca ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).

    A defesa da proprietária da marca, a influencer Brenda Sá, explicou que a mão, na verdade, estaria necrosada, sem a intenção de representar uma etnia específica, mas sim um estado de deterioração e impureza. A nota diz que a arte foi interpretada de maneira diferente da intenção original. A empresa também anunciou algumas medidas, como retirada imediata da estampa, revisão completa do processo de criação e investimento em treinamentos de conscientização para a equipe.

    A vereadora eleita, Lívia Miranda, diz que a denúncia também exige um pedido formal de desculpas.

    “Esse episódio não apenas reforça estigmas que precisam ser combatidos, mas também exige ações concretas por parte da empresa. A denúncia inclui a exigência de reparação pelos danos causados, um pedido formal de desculpas e a implementação de uma campanha efetiva de combate ao racismo pela marca envolvida”, declara a vereadora eleita.

    A denúncia ocorre após a empresa lançar, na última semana, uma camisa cuja estampa traz consigo a frase “Não se contamine!”, junto a uma ilustração que mostra mãos de cores clara e escura se tocando. A estampa foi repudiada por diversas entidades que lutam pela igualdade racial no município.

    Empresa aguarda intimação

    Quando a situação veio à tona, a defesa da marca se manifestou afirmando que “a imagem da mão branca e da mão necrosada foi criada para ilustrar o versículo de Daniel 11:21, como uma metáfora da contaminação espiritual. A cor da mão necrosada não tinha a intenção de representar uma etnia específica, mas sim um estado de deterioração e impureza”.

    “Lamentavelmente, minha arte foi interpretada de forma totalmente diferente da
    intenção original. A última coisa que eu desejaria seria ofender ou causar qualquer tipo de mal-estar. Respeito profundamente todas as pessoas, independentemente de sua raça ou origem. Agradeço a todos que se manifestaram e me ajudaram a entender essa falha na comunicação. Acredito que a arte deve ser um veículo de reflexão e diálogo, e lamento profundamente se a obra causou qualquer tipo de dor ou sofrimento”, finalizou a nota da influencer Brenda Sá, proprietária da marca.

    A respeito da denúncia, a defesa informou que aguarda a intimação da detentora da marca para que as providências cabíveis sejam tomadas.

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