• Cascatinha tenta permanecer à frente das linhas; CPTrans diz que não arrumou outra empresa

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  • 21/fev 04:21

    A CPTrans tem até sexta-feira para concluir a transferência das linhas da Cascatinha para outras empresas operarem, conforme decisão do juiz Jorge Martins da 4ª Vara Cível. São 20 linhas que devem ser absorvidas por outra prestadora de serviço. Mas, a Cascatinha disse que não vai ficar assim, não. A empresa entrou com recurso para tentar permanecer à frente da operação. E mais: diz oficialmente que tem a operação normal na cidade e que segue com plano de recuperação e renovação da frota. Isso mesmo. A empresa insiste que opera com normalidade.

    Prefeitura se esquiva

    A prefeitura, como a gente já vem falando, empurra para o judiciário uma decisão que poderia ter tomado faz tempos. Tanto a Cascatinha quanto a Petro Ita tem contratos de permissão e não de concessão. Ou seja, tiveram autorização para operar, mas não passaram por concorrência. Na concessão, após a licitação, é feito contrato com prazo determinado. Já a permissão é formalizada por um contrato de adesão e tem caráter precário. Ou seja, ainda que haja um prazo estipulado, o poder público pode voltar a prestar o serviço, sem indenizar o parceiro privado. Assim, a prefeitura se esquiva para não levar a Cascatinha aos tribunais.

    Seria corpo mole?

    E ontem a CPTrans disse que ainda não providenciou empresas para assumir as linhas da Cascatinha, ainda que a própria empresa tenha pedido à justiça ‘autorização’ para intervir. Interessante é que quando transferiu linhas da mesma Cascatinha para a Cidade das Hortênsias foi rapidinho. Se agora a CPTrans tiver fazendo corpo mole, quero nem ver como a justiça vai ser dura.

    Comutran

    Na segunda-feira à noite, dia da decisão sobre a Cascatinha, teve reunião do Conselho Municipal de Trânsito. Naturalmente, não se resolveu nada, mas aprovaram a ideia de fazer um convite à delegada da 105ª Delegacia de Polícia para falar sobre a investigação do incêndio na garagem dos ônibus.

    Contagem

    E Petrópolis está há 287 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

    Em comemoração aos seus 40 anos, a Associação de Guias de Petrópolis promoveu o seminário “Petrópolis, Encantos e Eventos” reunindo, no Castelo de Itaipava, mais de 200 pessoas, entre guias de turismo, agentes de viagens e profissionais que atuam no setor de eventos.

    E a PetroIta

    Ainda que o caso da Cascatinha não esteja resolvido definitivamente, considerando que ainda cabe recurso, o que os usuários têm se perguntando é: e a PetroIta? Como o caso tramita em segunda instância, a justiça local não tem mais como intervir. Poderia agir a prefeitura porque, conforme explicamos, sendo um contrato de permissão, o poder público pode suspendê-lo a qualquer momento. Mas isso a prefeitura não quer.

    Tudo igual

    E ontem os usuários da PetroIta continuaram em sua penúria diária. Pessoal tava esperando o  ônibus 461 Olga Castrioto via Alto da Serra às 7h e o veículo não fez a viagem porque quebrou. Aí, a galera desceu até a praça do bairro para tentar embarcar no Capitão Paladini de 7h10 e advinha? Também tava quebrado. Apenas dois dos inúmeros casos de quebras e atrasos de ontem. 

    E se passaram 2 anos

    Daqui a um mês completa dois anos que a prefeitura comprou o prédio da Floriano Peixoto para servir de abrigão usando R$ 3,5 milhões doados pela Assembleia Legislativa do Estado. Na verdade, a compra foi concretizada em maio e o anúncio e o dinheiro chegaram em março. E desde então só deu chabu no local, o último deles a reforma, de R$ 630 mil, porque só depois viram que o prédio estava inabitável. A reforma não termina e esses dias foi puro constrangimento uma entrevista do prefeito a uma tevê em que ele disse apenas que o prédio fica pronto ‘em breve’. 

    Constrangedor

    Eis que somente agora Bomtempo decretou de utilidade pública para fins de desapropriação o prédio que tem 22 quitinetes e 10 apartamentos de um quarto.  O decreto do prefeito foi publicado exatamente no dia 15 de fevereiro quando se completa dois anos da tragédia das chuvas de 2022. Se foi uma tentativa de ‘marcar’ a data, deu em nada, só mais constrangimento.

    A semana passada foi marcada pela morte do professor Antônio Carlos Mussel, uma unanimidade entre colegas e alunos. Seu corpo foi cremado no Rio, sem velório, a pedido do professor. A missa de sétimo dia de seu falecimento será celebrada hoje, às 18h, na Igreja do Sagrado, oportunidade de despedida e homenagens ao grande mestre.

    Só na eleição

    E a Feira Livre do Centro completou 107 anos no sábado. A data foi esquecida pela prefeitura e demais políticos. Mas anota aí: assim que foi liberada a campanha eleitoral vai ficar cheinha de candidatos pedindo votos.

    Só pra saber

    Vocês têm visto ultimamente limpeza de bueiros – estimativa de 17 mil em toda a cidade – e dragagem dos rios? Porque para o final do verão ainda falta um mês.

    Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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