Casas populares no Caetitu: prefeitura tentou se desfazer do terreno
O Comitê Piabanha, que gere as bacias hidrográficas da região, lançou um abaixo-assinado pela “Proteção das nascentes do Vale do Caetitu e criação do Parque Natural do Carangola e Caetitu”. É um apoio ao projeto aprovado pelos vereadores e que vai contra ao uso da área para a construção de casas populares, terreno apresentado pela gestão Bomtempo novamente em 2022 ao governo federal como candidato a receber um Minha Casa, Minha Vida. Mas a história começa bem antes.
Compra de R$ 2,2 milhões
Em 2013, por R$ 2,2 milhões, a então gestão de Rubens Bomtempo desapropriou a área que era da igreja. E divulgou que iria construir 800 apartamentos. E foi na mesma época em que anunciou 850 unidades no Vicenzo Rivetti (que acabaram virando 776 e concluídas somente em 2020). Porém, em 2015, talvez já sabedor que teria empecilhos ambientais, o governo Bomtempo tentou autorização da Câmara de Vereadores para vender o terreno para a iniciativa privada para se livrar do abacaxi e não rolou.
Preservação
Em 2019, um laudo do Instituto Estadual do Ambiente, aponta que o terreno que tem nove nascentes fica em Área de Proteção Ambiental e é considerada Zona de Proteção Especial Ou seja: não pode ter construção. Este laudo foi incluído em um procedimento aberto pelo Ministério Público.
E a lista?
Sendo assim, foi então aprovado pela Câmara de Vereadores o projeto que sugere que seja criado um Parque Natural. Pelo menos, se pensar bem, a prefeitura justificaria os R$ 2,2 milhões que pagou pela área que não pode usar. Agora o que é difícil de entender é que existiria – porque nunca ninguém viu – uma lista de 80 terrenos que poderiam ser usados para a construção de casas populares e que está de posse da prefeitura e vereadores,. O levantamento teria sido feito pela Comissão Especial Externa, do Senado, que fez um trabalho pós chuvas de 2022. Cadê a lista?
Friaca e papel
Não tem sido fácil a vida dos funcionários da prefeitura lotados no novo centro administrativo no Alto da Serra.. Mesmo com essa friaca, em alguns departamentos a ordem é manter o ar condicionado ligado a todo vapor. Tem funcionários trabalhando como se estivessem no Alasca. E não é só isso: casa nova, hábitos velhos. Falta papel higiênico e o pessoal anda levando de casa.
Supera RJ
O deputado estadual Andrezinho Ceciliano, filho do ex-presidente da Alerj, está intermediando com o governo federal uma solução para os beneficiários do programa Supera RJ, encerrado pelo governo do Rio. Ele propôs fazer a migração dessas famílias para o Bolsa Família, do governo federal, que tem um valor superior ao do Supera. Parece que tem chance
Tudo igual
“Aqui tem trabalho”. O mote vem sendo usado em algumas ações do governo Bomtempo, em especial nas comunidades. O ‘slogan’ também foi usado pelo ex-prefeito, inclusive em um jornalzinho eletrônico editado na gestão de Bernardo Rossi.
Só em 2023
A intenção foi boa, mas só vai rolar pro ano que vem. A prefeitura está licitando canjica e canela. Pretende fazer uma a alegria das crianças nas escolas nesta época ‘junina’. Mas até comprar, só vai rolar mesmo para a próxima temporada.
Alguém viu?
A gente lembra que em janeiro a prefeitura licitou serviço de desmonte de rochas dos leitos dos rios que estão com as calhas bem obstruídas depois de sucessivas chuvas que arrastaram esse pesado material para seus leitos. Um dos casos ‘clássicos’ é na Washington Luiz. O Rio Quitandinha, super estreito está lotado de pedras e restos de blocos de cimento. A limpeza seria feita também no Rio Piabanha, no trecho da Barão do Rio Branco e no Rio Palatinato, no Morin. Também entram neste rol de limpezas os canais da Rua Perroni Américo, na Vila Felipe, e da Vila Real, no Alto da Serra. Mas, alguém viu esse trabalho sendo feito?
Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br