• Casal petropolitano se dedica às tradições culturais alemãs há mais de uma década em Petrópolis

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  • Por Aghata Paredes

    Em Petrópolis, um casal petropolitano se destaca por seu protagonismo na dança folclórica e pela preservação das tradições culturais alemãs da cidade. Talita Machado Gomes Wayand Albuquerque, 40 anos, e Victor de Aguiar Albuquerque Wayand, 28 anos, têm se dedicado a isso há mais de uma década.

    Os petropolitanos se conheceram em 2010 no grupo de dança alemã local. Na época, Talita estava retornando para dançar na categoria adulta e assumir a coordenação da infantil, enquanto Victor fazia a transição de categoria. “Ela precisava de alguém para ajudar e eu acabei assumindo essa função, especialmente durante a Bauernfest, nos desfiles”, explica Victor.

    A petropolitana lembra que o marido se destacou rapidamente. “Quando ele entrou no adulto efetivamente, acabou se tornando meu par de dança”, conta. Logo, a convivência nos ensaios e nas apresentações acabou fortalecendo a relação dos dois.

    À frente da presidência da Associação dos Grupos Folclóricos Alemães de Petrópolis, o petropolitano ressalta a importância dos laços afetivos formados a partir dos grupos. “Mais do que preservar a cultura, nosso objetivo é criar conexões entre as pessoas. É a partir desses laços que surgem amizades, namoros e casamentos, o que enriquece a comunidade”, afirma ele.

    Atualmente, a Associação dos Grupos Folclóricos Alemães de Petrópolis (AGFAP), fundada em 2000, reúne sete grupos folclóricos – Grupo Folclórico Germânico Bergstadt, Bauerngruppe, Mosel Volkstanze, Kaiserstadt Kulturkreis, Rheinland Pfalz, Petrópolis Danças Folclóricas e Blumenberg Volkstanz – dedicados a preservar e promover a cultura alemã na cidade. Juntos, eles mantêm viva a tradição germânica através da dança e outros eventos culturais, como a Bauernfest.

    Conciliar as atividades da associação com a vida pessoal não é tarefa simples para o casal. “A dança faz parte da nossa rotina, mas nossas responsabilidades com o grupo e a associação exigem muito tempo e energia”, explica Talita. “Tentamos conciliar com nossa vida profissional e pessoal, mas é desafiador, especialmente nos períodos próximos à Bauernfest.” Victor acrescenta que, apesar dos desafios, a relação com os membros do grupo se transformou em laços de amizade que vão além dos eventos culturais. “Temos um vínculo muito grande com muitas pessoas do meio folclórico, que se tornaram amigos próximos e fazem parte da nossa vida pessoal”, destaca ele.

    O casal ainda não tem filhos, mas planeja aumentar a família em breve. “Quem sabe, teremos um bebê que também se tornará um dançarino do grupo no futuro?”, comentam.

    Questionados sobre um momento especial na dança, ambos relembram a primeira apresentação conjunta pela AGFAP. “Foi a primeira vez que nos apresentamos juntos pela Associação. A partir desse evento, começamos a nos aproximar cada vez mais”, relembra Victor. “Ela [a Talita] é uma pessoa extremamente resiliente e dedicada. Admiro sua capacidade de se dedicar completamente a tudo o que faz”, complementa ele. Já a petropolitana, valoriza a determinação e o espírito colaborativo do marido. “Com o seu jeito ‘elétrico’, ele sempre está disposto a ajudar e a melhorar as situações, e consegue me fazer rir, mesmo nos dias mais difíceis”, comenta Talita.

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