• Casa Stefan Zweig recebe alunos de escolas públicas para intervenção artística nos degraus do museu

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  • Por Aghata Paredes

    Neste fim de ano, a Casa Stefan Zweig ganhará novas cores através de uma intervenção artística coordenada pela artista plástica e designer Ruth Freihof. Nesta sexta-feira (08), a partir das 9h30, quase 20 alunos de escolas públicas de Petrópolis participarão de uma oficina socioeducativa no espaço, localizado no Valparaíso, pintando 32 dos 64 degraus que conduzem ao museu com os títulos das principais obras do renomado escritor austríaco Stefan Zweig.

    Leia também: A Casa Stefan Zweig e suas preciosidades culturais, históricas e literárias

    A ação, financiada pelo Projeto Norte-Sul da Embaixada da Áustria no Brasil, é um sonho antigo da diretora executiva do espaço, Kristina Michahelles. “A ideia central é que a intervenção artística aproxime os jovens do museu, fazendo com que se sintam um pouco donos deste lugar destinado a ser um centro de debate das ideias humanistas e pacifistas de Zweig.”, relata. Para ela, a iniciativa atrairá a atenção não só de moradores de Petrópolis, mas de outras regiões.

    “Simbolicamente, é muito forte os alunos estarem se exercendo numa escadaria. Quer dizer, a imagem de subir uma escada, chegar mais alto e de enfrentar degrau por degrau, pintar degrau por degrau.”, conta o artista plástico e diretor da CSZ, Luiz Aquila. 

    A mente por trás do projeto é a artista plástica e designer Ruth Freihof, que contará com o auxílio da arte-educadora Raquel Vargas e da equipe da própria Casa Stefan Zweig. Os alunos participantes provêm de diversas instituições, como a Escola Municipal Stefan Zweig, o CEJA, o Colégio Estadual Cardoso Fontes, a Escola Paroquial Nossa Senhora da Glória, a Escola Municipal Professora Maria Campos e o Liceu Carlos Chagas. Estas instituições já estiveram envolvidas ao longo do ano no programa de visitação escolar “A Escola vai ao Museu”, levando 500 crianças e 60 professoras para verdadeiras aulas de história. 

    Foto: Aghata Paredes / Redação

    Para Raquel Vargas, trabalhar com cores em uma textura diferente, como os degraus de uma escada, proporciona uma experiência sensorial única a ser explorada durante a oficina de arte. “O projeto da escadaria permitirá que os adolescentes experimentem e vivenciem as técnicas da Arte Urbana e da intervenção artística.”, explica.

    Os títulos escolhidos para a intervenção seguem um critério cronológico, permitindo que os visitantes subam a escadaria enquanto percorrem os principais momentos da criação literária de Zweig, desde o volume de poemas “Cordas de Prata” até o texto sobre Balzac, publicado postumamente.

    Foto: Arquivo Casa Stefan Zweig

    Elisabete Ferreira, gerente da Casa Stefan Zweig, destaca o objetivo da instituição de se aproximar cada vez mais do público jovem. “O objetivo da Casa Stefan Zweig é esse. Nesse sentido, vamos propor à Secretaria de Educação um projeto conjunto para oferecer aulas de xadrez a estudantes da rede pública a partir de 2024.”, relata.

    Além de homenagear o escritor Stefan Zweig, a Casa Stefan Zweig é também um Memorial do Exílio, rendendo tributo aos refugiados da Segunda Guerra Mundial que encontraram no Brasil um refúgio e deixaram um legado significativo. A Casa recebe em torno de 500 visitantes por mês, dos quais um terço são estrangeiros. São pesquisadores, admiradores e interessados em conhecer o espaço que serviu de refúgio para o escritor austríaco. Desde a sua inauguração, a CSZ atua como um lugar de encontro, com exposições, concertos, lançamentos de livros, filmes e palestras, sempre com temas relevantes – exílio, Segunda Guerra e, evidentemente, a vida do admirável pacifista Zweig.

    O museu é um espaço para ser explorado de sexta a domingo, das 11h às 17h, com entrada franca e atrações para todas as idades.

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