• Casa de Santos Dumont será reformada; espaço ficará fechado para visitação a partir de terça (7)

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  • Todo projeto foi aprovado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan)

    05/02/2023 10:19
    Por Aghata Paredes

    No ano do sesquicentenário do nascimento do “pai da aviação”, o Museu Casa de Santos Dumont passará por uma grande reforma. Os trabalhos têm início na próxima semana e vão garantir mais acessibilidade e conforto aos visitantes do espaço, que recebe quase 100 mil visitantes ao ano. Para tanto, o museu ficará fechado para visitação a partir da próxima terça-feira (7).

    Serão contemplados pela reforma: a fachada, o telhado, a parte interna da casa e também o Centro Cultural 14 Bis. Todo o projeto foi aprovado pelo Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

    Santos Dumont (1873-1932), nasceu  em Minas Gerais, mas foi em São Paulo, local onde ele viu um balão tripulado pela primeira vez, que o amor pela aerostação surgiu. Nessa época, tinha 15 anos e já havia se informado sobre as invenções dos irmãos Montgolfier, de Charles e Pilâtre de Rozier e Henri Giffard.

    Foto: Museu Imperial/Ibram/MTur

    Com o “14-Bis”, executou, em Paris, o primeiro voo em público com um veículo mais pesado que o ar, sem a ajuda de impulsos. Além disso, desenvolveu também o avião chamado “Demoiselle” ou “Libélula”, seu aeroplano mais bem-sucedido e copiado no mundo inteiro.

    Nas palavras de Carlos Augusto Guimarães e Souza, “Santos Dumont, lançando-se ao ar não pensava em dominar mundos, semeando a morte, bombardeando cidades. Não! O que ele almejava era justamente o contrário. O que ele desejava era cortar o espaço, levando, como mensageiro da paz, o progresso. Santos Dumont desejava o progresso do mundo.”¹

    Aquele que “deu asas ao mundo” e elevou, como poucos, o nome do Brasil no exterior, escolheu Petrópolis para fixar residência. Em 1918, iniciou a construção de sua curiosa casa –  a  “Encantada”. O aproveitamento dos espaços internos e as curiosidades inventivas do local chamam a atenção de seus visitantes, como o famoso chuveiro, feito com um balde perfurado, com entradas para água fria e quente (aquecida pelo álcool), e com duas correntes laterais para a dosagem da temperatura, e as escadas na entrada da casa, que devem ser iniciadas com o pé direito. 

    Experiência mais tecnológica

    “O Museu Casa de Santos Dumont é um dos nossos principais pontos turísticos. Com essa reforma, vamos revitalizar o local e entregar à população e aos turistas uma experiência de museu mais tecnológica e mais bonita.”, ressaltou a secretária de Cultura, Diana Iliescu.

    ¹ SOUZA, Carlos A. Guimarães. Santos Dumont. Tribuna de Petrópolis, Petrópolis, p. 01, 30 de Julho de 1932. 

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