• Casa de Petrópolis exibirá gratuitamente o documentário “Arte da Diplomacia”

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  • 27/mar 08:42
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis I Foto: Divulgação

    A Casa de Petrópolis Instituto de Cultura exibirá no próximo sábado (29), o documentário “Arte da Diplomacia” (Brasil, 2024) de Zeca Brito. A exibição será às 19h e vai contar com a presença de convidados para debaterem o filme, que traz um fato desconhecido da história das artes plásticas no Brasil. O evento também é uma homenagem ao arquiteto e artista plástico Alcides da Rocha Miranda, organizador dessa exposição na Royal Academy of Arts, em Londres. Os lugares são limitados.

    As senhas serão entregues uma hora antes do evento. Mais informações podem ser obtidas pelo WhatsApp (24) 99319-5353.

    Entre os convidados para mesa estão o diplomata Hayle Gadelha, autor da tese de doutorado que resgatou e história do filme; o artista-plástico Luiz Aquila; a cineasta e produtora do filme Celina Torrealba; Maurício Vicente Ferreira, professor de História da Universidade Católica de Petrópolis e diretor do Museu Imperial; Lauro Cavalcanti, professor, arquiteto e antropólogo, diretor da Casa Roberto Marinho; José Luiz Alqueres, engenheiro, professor, escritor e cientista; e Ana Luisa Dias Leite, arquiteta que trabalhou com Alcides da Rocha Miranda em projetos de restauração, e por 20 anos foi Exhibition Designer do Museu Guggenheim.

    Durante a Segunda Guerra Mundial, o Brasil enviou um navio com mais de 160 pinturas doadas por 70 artistas modernistas para serem exibidas e leiloadas no Reino Unido. O documentário “Arte da Diplomacia”, de Zeca Brito, investiga este gesto de diplomacia cultural que uniu territórios e definiu o papel do país na luta contra o nazifascismo.

    Na Londres de 1944, em meio aos bombardeios da guerra, a arte moderna brasileira era apresentada ao mundo pela primeira vez. “Tem uma certa provocação em mandar para os inimigos da Alemanha justamente o tipo de arte que o próprio Hitler mais detesta”, avalia a pesquisadora Clara Marques em uma das falas do filme.

    “Arte da Diplomacia” retrata os meandros deste ato de resistência, que ficou esquecido por décadas, enquanto procura novos significados para a arte moderna brasileira do período. “O filme investiga o modernismo brasileiro em seu primeiro levante de internacionalização”, afirma o diretor Zeca Brito.

    O longa foi exibido na Argentina, no 11º FIDBA – Festival Internacional de Cine Documental de Buenos Aires, passou na mostra de São Paulo, abriu o Festival do Rio em 2024, e teve sucesso de público na exibição de janeiro de 2025 do Cineclube da Casa Stefan Zweig. “Um fascinante episódio em que os artistas e suas obras influenciaram na composição geopolítica, e posicionaram simbolicamente o país na Segunda Guerra Mundial – arte como soft power no combate ao nazifascismo”, conclui Brito.

    O documentário traz relatos de diferentes críticos e historiadores da arte com gravações em Londres e Rio de Janeiro. Com diferentes versões e perspectivas, participam ainda a crítica de arte brasileira Aracy Amaral e a inglesa Dawn Adès, as historiadoras Glaucea Britto e Anita Leocadia Benário Prestes, além de familiares dos artistas que participaram da exposição em Londres, como a pesquisadora Lisbeth Rebollo e o pintor Luiz Aquila.

    “Arte da Diplomacia” é uma produção da Anti Filmes, em coprodução com Boulevard Filmes e Donna Features. Assinam a produção: Celina Torrealba, Frederico Ruas, Letícia Friedrich, Sergio Carpi e Zeca Brito. No ano passado, foi o filme escolhido para abrir o Festival do Rio com a presença de importantes personalidades e políticos, depois dos atos hediondos em Brasília contra as artes e instituições democráticas brasileiras do dia 8 de janeiro de 2023.

    Com apoio do Cineclube Raul Lopes e da Petrópolis Film Commission, o evento é promovido pela Casa de Petrópolis e produção da Abstrata, e é uma realização do Governo Federal, Ministério da Cultura, Prefeitura Municipal de Petrópolis, através da Política Nacional Aldir Blanc – PNAB.

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