• Casa Branca diz não crer que Putin já tenha tomado decisão sobre Ucrânia

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  • 07/12/2021 17:50
    Por Matheus Andrade / Estadão

    O Conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmou nesta terça-feira que a administração não acredita que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, já tenha tomado uma decisão sobre uma potencial invasão da Ucrânia. Segundo o representante, a prioridade de Washington junto a seus aliados no momento é evitar tal movimento, e, de acordo com Sullivan, o presidente norte-americano, Joe Biden deixou claro em sua conversa com o homólogo russo nesta terça quais seriam as consequências.

    “Medidas que não tomamos em 2014, estamos prontos para fazer agora”, afirmou o conselheiro, em uma referência à crise no Leste da Ucrânia alguns anos atrás.

    Segundo Sullivan, Biden “foi firme com Putin, como sempre é”, e sugeriu que a melhor alternativa é uma desescalada de tensões. De acordo com o representante, a intenção é uma adoção dos Acordos de Minsk, que tratam sobre a disputa, incluindo um cessar fogo.

    Depois da vídeo chamada com Putin, Biden conversou com os aliados europeus e irá tratar com os líderes do Congresso sobre o tema.

    O democrata terá ainda uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na quinta-feira, segundo Sullivan, que disse que “há muito trabalho a se fazer nos próximos dias”.

    De acordo com o conselheiro, “buscaremos o caminho diplomático, mas vamos preparar outras medidas”. Entre as ações de Washington, o conselheiro não quis dar detalhes sobre sanções, mas indicou uma série de suportes aos aliados na Europa, incluindo militares.

    Questionado sobre o oleoduto NordStream 2, Sullivan indicou que retaliações à obra são uma prioridade em caso de uma invasão russa. Segundo ele, conversas com o novo governo alemão sobre o tema ocorreram, assim como com a administração anterior.

    Ainda sobre a conversa com Putin, o conselheiro disse que houve boa discussão sobre a questão do Irã. “EUA e Rússia trabalham em conjunto para garantir que Teerã não tenha armas nucleares”, e desenvolveram o acordo nuclear de 2015, lembrou. Sobre as recentes críticas de que os negociadores iranianos não estariam levando as tratativas pelo retorno ao acerto a sério, Sullivan respondeu que “quanto menos o Irã demonstrar seriedade nas negociações, mais ficará isolado”.

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