Carteiros podem entrar em greve em todo o Estado. Assembleia será realizada na terça-feira
Na última terça-feira (7), durante assembleia realizada no Rio de Janeiro, o Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares do Rio de Janeiro (Sintec-RJ), decidiu pela manutenção do estado de greve, sem paralisação em todas as unidades dos Correios do estado. O movimento é nacional e será mantido até o dia 14, quando será realizada a próxima assembleia.
Segundo o secretário do interior do Sintect-RJ, Leônidas da Silva, a principal demanda da categoria é referente ao acordo coletivo de reajuste salarial e à manutenção das cláusulas sociais, para as quais a empresa vem propondo mudanças. Na assembleia que aconteceu na noite de terça-feira, os Correios fizeram uma contraproposta, mantendo as cláusulas e assegurando a reposição da inflação sobre os salários e benefícios, mas, segundo o secretário, não especificou como será feito.
Os Correios informaram que o Tribunal Superior do Trabalho condicionou a proposta à não realização de greve por parte dos trabalhadores. A empresa também solicitou que a proposta fosse levada às assembleias e que uma resposta fosse dada pelas federações até esta quinta-feira (9).
O estado de greve é uma sinalização de que a categoria poderá aderir a uma paralisação dos serviços, caso não haja um acordo entre os representantes da categoria e os Correios.
Em nota, os Correios informaram que todas as unidades estão funcionando normalmente e todos os serviços estão sendo prestados. Caso alguma paralisação ocorra, a empresa já implantou um plano de contingência para garantir a continuidade do atendimento à população. A empresa informou que já se manifestou favorável à proposta do TST, assim como o Ministério do Planejamento.
Unidades dos Correios da cidade podem aderir a uma paralisação até o fim deste mês
Os Centros de Distribuição Domiciliar (CDD) da cidade podem aderir a uma paralisação até o fim deste mês. A categoria reivindica melhorias nas condições de trabalho a que os funcionários estão expostos, e, principalmente, aos atrasos do plano de saúde. Segundo o secretário Leônidas, o repasse do plano de saúde para os hospitais está em atraso e, por isso, os funcionários não estão conseguindo atendimento. “Nesta semana suspenderam o atendimento do plano no SMH. Se não regularizarem a situação, nós vamos fazer uma paralisação”, completou. Em Petrópolis há três CDD: em Itaipava, Centro e Mosela.