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  • 24/08/2019 08:00

    Raul Seixas. Trinta anos da morte do gênio de explosivo talento e criatividade. Tão espiritualmente atormentado, tão tragicamente comprometido pelo abuso de álcool e drogas. Mas legou obra imortal, o mortal que se deixou morrer morte triste. “Tente outra vez”. Você que dele lembrou com saudade, jamais se esqueça. Quando ficar difícil, tente outra vez.

    Bolsonaro pode tudo. Para seus seguidores. Nem digo eleitores, porque de eleitores se espera senso crítico. Mas só mesmo um seguidor irremediável pode aceitar que se diga “a culpa da Amazônia em chamas é das ONG’s”, e não perceber que a inverdade irresponsável parece estar se tornando método de governo.

    Flamengo. O sensacional primeiro tempo contra o Emelec no Maracanã, e o vibrante segundo tempo tanto contra o Vasco como contra o Internacional, fizeram lembrar os áureos anos 1980. Com todo respeito, e proporções, porque Arrascaeta não é Zico e Felipe Luís não é Júnior.

    Aliás, no quesito “Bolsonaro pode tudo”. É como aquele pai que na prática declara que “filho tudo pode”. Pais assim geram proles desajustadas e nocivas. Birrentas. Logo, ou se desperta o senso crítico dos seguidores de Bolsonaro ou teremos uma Presidência, já no mínimo polêmica, mergulhando no desajuste e na nocividade completa. E birrenta.

    Ricardo Salles, vaiado no Encontro da ONU sobre o Clima, em Salvador. Pensar que houve um tempo em que Ministro do Meio Ambiente brasileiro ganhava o Oscar internacional do meio ambiente e era escolhida pra carregar bandeira na Olimpíada de Londres (Marina Silva, em 2012).

    Repito. Podem comemorar: o sniper a missão cumprida, reféns resgatados as suas vidas, familiares o retorno de seus queridos. Mas todos esses comemoraram comedidamente. Familiares de reféns, inclusive, fraternizaram e consolaram a mãe do sequestrador morto. Obama quando anunciou a morte de Bin Laden estava grave, sem sequer um sorriso. É como age um estadista. Não se comemora a morte. Do representante do Estado se espera discrição, sobriedade e contenção em seus atos. Ainda mais em momentos cruciais, de crise e tensão.

    Patinetes elétricos. Nem toda modinha em tese bem-intencionada é ambientalmente correta. No fim das contas, calculando-se as emissões de CO2 decorrentes de sua fabricação, armazenamento e transporte, descobriu-se que patinetes poluem mais do que carros e motos.

    A chuva negra no dia em que São Paulo anoiteceu às 3 da tarde por causa da poluição e da fuligem vinda da Amazônia é um prenúncio apocalíptico. Tudo está interligado. A ignorância que desacredita da crise ambiental, estimula o desmatamento, que impulsiona as queimadas, que aumentam a poluição paulistana. E espalha ainda mais ignorância. E ignorância é uma coisa tóxica.

    Mesmo que haja ambientalistas exagerados, e os há, o fato é que o pessoal que desacredita cabalmente da crise ambiental é parente dos que duvidam que o homem foi à Lua, que são descendentes dos que creem que a Terra é plana. E todos esses são primos dos que acham que no Brasil não houve ditadura.

    “Maya Angelou, e ainda resisto”. É pra não perder, esse documentário da Netflix, sobre a escritora afro-americana. A coragem de viver de uma bela mulher inspiradora. Note o momento em que, num programa de auditório, com classe e firmeza, ela ensina respeito a uma adolescente que a chamou de “Maya” ao invés de “Sra. Maya”, como a sua idade de então requeria. Ser progressista é também educar para o respeito.

    denilsoncdearaujo.blogspot.com

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