• Carrapatos se adaptam à área urbana e apresentam risco para cães e gatos

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  • 10/08/2017 14:00

    Quem pensa que os animais só podem pegar carrapatos no meio do mato, se engana, nos centros urbanos também existem carrapatos, e tanto os bichinhos, quanto as pessoas estão sujeitas ao contato com o parasita. Os carrapatos transmitem doenças, e podem se transformar em um perigo para a saúde de cães e gatos. Tomar alguns cuidados preventivos podem minimizar a chance de levar um carrapatinho para casa após um passeio de rotina.

    Antigamente era comum que os animais pegassem carrapatos somente quando iam para lugares como pastos, gramados e zonas rurais. Mas com o passar dos anos, e o crescimento dos centros urbanos, os carrapatos também estão se adaptando as cidades. Num passeio no canteiro do prédio, por exemplo, é possível encontrar os parasitas. 

    Existem várias espécies de carrapatos, na nossa região, os mais comuns são Amplyoma sp e o Riphycefalus sanguineos. De fácil reprodução, eles se escondem em buracos dos muros, cercas de madeira, e sobem até nos telhados, onde fazem “ninhos” e podem contaminar animais e pessoas. Uma única fêmea, após se alimentar do sangue do animal, pode colocar até 3 mil ovos. 

    Apesar de pequenos, esses parasitas podem transmitir diversas doenças

    Os carrapatos são transmissores de várias doenças infectocontagiosas, que podem contaminar animais e humanos. Dentre elas a Erlichiose, Babesiose, que são transmitidas pelo carrapato marrom (Riphicefalus sanguineos), e que são mais frequentes em cães. Essas duas doenças formam um complexo chamado Doença do Carrapato. 

    A médica veterinária Rosana Portugal explica alguns sintomas e agravamentos que estas doenças podem causar nos cães. “Os sintomas mais comuns destas doenças começam com uma tristeza. O animal fica amuado e para de se alimentar. Essa doença pode ser concomitante com outra doença qualquer, como uma gripe, e facilmente o seu quadro pode evoluir para uma pneumonia. Que também pode se instalar nos glóbulos vermelhos, levando o animal a uma anemia gradativa. Interfere na coagulação sanguínea ocasionando um sangramento nasal intermitente nos caninos, até que seja aplicada a medicação adequada”.

    Nos felinos, pode causar a transmissão da mycobactéria Haemobartonella, que também tem como sintoma a depressão imunológica, que pode levar o animal a morte. Nos humanos, o carrapato pode transmitir um tipo de Ricketsia, que é causadora da Febre maculosa. 

    Como se prevenir dos carrapatos

    Medidas simples podem proteger seu bichinho dos carrapatos. Usar nos animais produtos anticarrapaticidas, pode reduzir bastante o risco de contaminação. Lembrando que estes medicamentos têm prazo de validade, e precisam ser reaplicados periodicamente. As doenças transmitidas pelo carrapato ainda não tem vacina, somente medicamentos preventivos. E o tratamento após a contaminação, inclusive a remoção dos carrapatos. 

    “Para remover os carrapatos devem ser usados produtos carrapaticidas adequados, indicados pelo veterinário. No meio urbano, os animais são os principais contaminantes. Por isso, é importante a responsabilidade do dono do animal, sem os cuidados o animal pode ser acometido por alguma doença. E os donos também podem ser contaminados, não é comum, mas é possível”, explicou, a médica veterinária. 

    Vale lembrar que os donos dos animais não devem medicá-los por conta própria. Existem vários produtos no mercado, e sempre devem ser obedecidas as recomendações do médico veterinário para que seu bichinho receba os cuidados adequados. 



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