Carolina Freitas toma posse como a mais jovem escritora da Academia Petropolitana de Letras
A jornalista Carolina de Souza Freitas, de 23 anos, é a mais jovem escritora a ser empossada titular de uma cadeira na Academia Petropolitana de Letras (APL). A cerimônia de posse aconteceu no último sábado (25), e foi carregada de emoção e homenagens à jornalista. Carolina é o nome que está por trás do livro “Petrópolis: o comércio de ontem, a saudade de hoje”, que conta com riqueza de detalhes e total encantamento a história do comércio petropolitano.
A escritora, agora, é titular da cadeira número 14, patronímica de Raimundo Correia, em substituição a Fernando Py. Na cerimônia, Carolina se sentou à mesa com grandes escritores, historiadores e pesquisadores de Petrópolis, a vice-presidente da APL Fátima Argon, Cleber Francisco Alves, Joaquim Eloy, Fernando Costa e Paulo César dos Santos. Tão jovem entre pessoas com trajetórias acadêmicas extensas não a intimidou, pelo contrário, durante seu discurso disse que se sente orgulhosa em fazer parte da APL, e assume essa responsabilidade com alegria e gratidão.
“Tomar posse na Academia Petropolitana de Letras foi uma emoção sem igual. Tive o prazer de dividir essa noite extraordinária com familiares e amigos cuja presença é constante em minha trajetória”, disse.
Durante seu discurso, Carolina falou emocionada sobre suas escolhas e conquistas que a levaram até à cadeira na APL, sobre o incentivo à escrita que veio desde a infância e da importância de amigos, leitores e colegas de profissão na sua caminhada.
“Além de recordar e homenagear meu patrono Raimundo Correia e meus antecessores Décio Cesário Alvim, Nelson de Sá Earp e Fernando Py, tive a enorme satisfação de registrar o orgulho que sinto pela minha família. Como cheguei a mencionar em meu discurso, quando pequena, minha mãe iniciou minha caixa de lembranças com itens referentes a momentos marcantes vividos por mim. Pouco a pouco, essa caixa passou a se fazer imaterial e, na noite do dia 25 de junho de 2022, assumiu novas proporções para que fosse capaz de reter os detalhes e as emoções do começo deste capítulo tão significativo e especial. Sou extremamente grata por todo o apoio até aqui e sigo repleta de entusiasmo pelo que está por vir”, conta.
A jornalista já atuou na Tribuna e foi responsável, ao longo de dois anos, pela coluna semanal “Histórias de Petrópolis” sobre o comércio extinto da cidade. Produziu mais de 130 reportagens sobre o tema, e mais tarde teve seu trabalho convertido no livro “Petrópolis: o comércio de ontem, a saudade de hoje” reconhecido pelos prêmios Alcindo Roberto Gomes de Jornalismo (2018) e Maestro Guerra-Peixe de Cultura, na categoria Comunicação (2020). Na Tribuna, também foi pauteira e comentarista do programa Bastidores, da Tribuna FM. Hoje, mantêm a coluna “Do fundo do baú”, com curiosidades sobre o passado da cidade na rádio.
“Carolina é uma jornalista talentosa e uma escritora brilhante, tem um longo caminho de conquistas pela frente. Me sinto muito orgulhosa por termos começado juntas na profissão e ter tido a oportunidade de trabalharmos juntas na Tribuna. Ser eleita titular de uma cadeira na Academia é uma conquista merecida por seu talento”, disse Luana Motta, editora da Tribuna de Petrópolis.
Atualmente, além de redatora do site Sou Petrópolis e idealizadora do Petrópolis Sob Lentes – plataforma de resgate da memória da cidade, Carolina também atua quinzenalmente na produção de reportagens sobre o comércio tradicional petropolitano em parceria com a CDL Petrópolis e mensalmente no desenvolvimento de conteúdo junto ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UERJ – Campus Petrópolis.