• Carlos Nejar: 80 Anos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 11/01/2019 09:30

    O gaúcho Carlos Nejar nasceu em Porto Alegre (11-jan.-1939). Formou-se em Direito (1962), foi promotor e procurador da justiça. Poeta, estreou com a coletânea Sélesis (1960), início de uma importante e vasta obra literária, onde se distingue a poesia (O campeador e o vento, 1966), Danações (1969), Canga (1971), O poço do calabouço (1974), Somos poucos (1976), Os viventes (1979), Um país o coração (1980), Livro dos gazéis (1984), Amar a mais alta constelação (1991), Elza dos pássaros ou a ordem dos planetas (1993), O inquilino da Urca (2008), etc.  É igualmente importante sua obra em prosa, destacando-se principalmente a monumental História da literatura brasileira: da carta de Caminha aos contemporâneos (2011), e a Breve história do mundo (2003), bem como os ensaios A chama é um fogo úmido (1994), Escritos com a pedra e a chuva (2000), a rapsódia A idade da aurora (1990), as novelas e romances: Um certo Jaques Netan (1991), O túnel perfeito (1994), etc. Também cultivou o gênero infanto-juvenil (Menino-rio, 1985; Era um vento muito branco, 1987, A formiga metafísica, 1988; Zão, 1988, etc.). Além de publicar em Portugal uma Antologia da poesia brasileira contemporânea (1986), teve poemas incluídos em várias antologias nacionais e estrangeiras, como La poesia brasileña en la actualidad (Montevidéu, 1969), Antologia da novíssima poesia brasileira (Lisboa, 1981), e outras para  inglês, alemão, francês, húngaro, italiano, etc. Traduziu escritores como Jorge Luis Borges (Ficções, 1970), Neruda (Memorial de Ilha Negra, 1977-1980) e outros. Esta enorme obra literária foi bastante traduzida e teve igualmente correspondência na obtenção de prêmios literários. Imensa também é a bibliografia a seu respeito, distinguindo-se Carlos Nejar e a ‘Geração de 60’ de Nelly  Novaes Coelho (1971), Poética de Carlos Nejar, de Ernani Reichmann e Temístocles Linhares (1973), O espessamento poemático em Carlos Nejar , de Guillermo de La Cruz Coronado (1977), Diversos/dispersos, de Fábio Freixieiro (1980), etc.  Carlos Nejar pertence ao Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, à istóri      istórico Histórico e GeográficoH      Academia Espírito-Santense de Letras, à Academia de Filosofia no Rio de Janeiro, ao PEN Clube do Brasil e à Academia Brasileira de Letras, onde ocupa a cadeira 4, na sucessão de Viana Moog, cadeira fundada por Aluízio Azevedo, e cujo patrono é o poeta José Basílio da Gama (1741-1795).                         

    Conhecemo-nos no final dos anos 1970 e, desde então, travamos simpatia mútua. Trocávamos cartas e documentos, e eu cheguei a lhe mostrar, em 1988, mesmo incompleto, meu poema Antiuniverso, que ninguém ainda lera. Assim continuamos até hoje,  apesar de muitos momentos de distanciamento físico entre nós. Nejar é um amigo certo para todas as ocasiões. Que seus oitenta anos se multipliquem felizes.

    Últimas