• Carla Zambelli diz ser ‘intocável’ na Itália após anunciar que deixou o Brasil

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  • 03/jun 19:00
    Por Redação, O Estado de S. Paulo / Estadão

    A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou ser “intocável” na Itália, após anunciar nesta terça-feira, 3, que deixou o Brasil para morar na Europa. Em maio, a parlamentar foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos de prisão, além da perda do cargo na Câmara dos Deputados, pela invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

    Zambelli afirmou que está nos EUA atualmente para realizar tratamentos médicos, mas seguirá rumo à nação europeia ainda nesta semana. Ela planeja morar inicialmente em Roma e, depois, no interior do país.

    “Eles vão tentar me prender na Itália, mas eu não temo, por que sou cidadã italiana e lá eu sou intocável, a não ser que a justiça italiana me prenda”, disse, entrevista à CNN Brasil.

    “Se eu tenho passaporte italiano, eles podem colocar a Interpol atrás de mim, mas não me tiram da Itália.” “Não há o que possam fazer para me extraditar de um país que eu sou cidadã”, disse.

    Após deixar o País, Carla Zambelli transferiu o seu perfil no X (antigo Twitter) para sua mãe, Rita Zambelli. Com a conta da filha, ela também afirmou que a deputada não poderá ser extraditada, ao responder a um comentário de um internauta. “Na Itália minha filha é intocável”, publicou.

    Carla Zambelli foi condenada pelo Supremo a dez anos de prisão e perda do mandato. A condenação foi unânime pelo ataque hacker ao sistema do CNJ, coordenado pela deputada e executado pelo hacker Walter Delgatti Neto, segundo as investigações.

    A invasão ao CNJ resultou em um pedido de prisão falso para o ministro Alexandre de Moraes, emitido no nome no próprio magistrado.

    No curso normal do processo, a deputada pode apresentar embargos e adiar o andamento do caso, mesmo que sem a possibilidade de reverter a condenação. E cabe aos deputados aprovar ou não a cassação de seu mandato.

    Segundo Zambelli, seu retorno ao País não está descartado, no entanto, ela voltará “quando o Brasil voltar a ser uma democracia”. A intenção da deputada é atuar de forma parecida com a do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que vem se empenhando para tentar influenciar o governo Trump a impor sanções contra autoridades brasileiras. “Quero ombrear com o Eduardo essa luta. Ele tem feito um trabalho maravilhoso”, afirmou.

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