Caos no transporte público: deficiência se agrava a cada dia

É grave a situação do sistema público de transporte da cidade. A quantidade de ônibus quebrados diariamente é gritante e isso sem qualquer estatística sendo divulgada, apenas acompanhando o dia a dia das comunidades revelado pelas redes sociais. É ônibus pegando fogo, ônibus se acidentando, ônibus quebrando ladeira abaixo e, por aí vai. Um dos registros de ontem foi um ônibus atravessado no meio da rua na Sargento Boening, na Castelânea. Não se tem certeza se o coletivo perdeu o freio e o motorista ainda conseguiu parar o veículo deixando ele enviesado, mas tudo indica que pode ter sido este problema mecânico.  Outra informação é que o ônibus seria um ‘recuperado’, uma categoria inferior ao seminovo.

Quem fiscaliza?

É necessário um número oficial desses casos todos – boa parte deles das deficitárias PetroIta e Cascatinha, empresas do incêndio em 09 de maio apontado como criminoso e que até hoje não foi esclarecido. Quem está fiscalizando esta quantidade de quebras? A CPTrans? Cadê a comissão de vereadores pedindo e expondo esses dados e cobrando as providências?

Acidente no terminal

E, na segunda-feira, ainda houve um novo episódio no terminal Centro. Um mecânico da Cascatinha estava consertando embaixo do veículo quando o coletivo despencou, possivelmente por uma falha do macaco. Ele foi levado para o hospital e o acidente não teve gravidade, mas poderia ter.

Piora

A situação diária de quebras, atrasos, superlotação e riscos evidencia o que não dá mais para ocultar: é evidente a deficiência do sistema em um grau que não será revertido apenas com acordos de recuperação e prazos dilatados de providências. Pelo contrário, a cada dia piora com menos chance de ser recuperado. Enquanto não for comprado o cumprimento dos contratos só vai ser ladeira abaixo.

Contagem

E Petrópolis está há 141 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.

Contraste

Mas, há esperança de um serviço de qualidade em Petrópolis. Tomemos como exemplo a Cidade das Hortênsias que, com essa onda de calor, colocou o ar condicionado de pelo menos 10 carros no talo, um alívio e conforto e tanto.

‘Desiluminados’

E a gente falou aqui da saga de moradores de duas ruas que lutam há meses para consertar lâmpadas da iluminação pública. E nesta lista – que deve ser longa – tem mais gente pedindo socorro aqui para coluna. Também vivem o mesmo problema, com pedidos de conserto para dois postes feitos dia 26 de junho, os moradores da Travessa Frederico Guilherme Karl, no Vila Felipe. Mas a taxa de iluminação pública tá chegando em dia junto com a conta de luz.

Mas já acabou?

Toda hora a gente vê uma nova comissão especial sendo criada pelos vereadores. Mas, coloquem reparo: e as iniciadas resultaram em quê? Por exemplo, tem a comissão especial de fiscalização dos rios.  Fiscalizaram a última dragagem, por exemplo? E vai ter continuidade o trabalho de limpeza agora que estamos perto do verão?

Quatro anos

Completa agora dia 05 de outubro – pode rolar bolo de aniversário –  quatro anos em que o Theatro Dom Pedro está fechado para reformas. Em 26 de julho, a prefeitura fez nova licitação, esta de R$ 2,3 milhões para a obra, depois de uma série de vai não vai de concorrências anteriores, desistência de empresas etc. Eis que nesta nova licitação, uma  empresa foi sagrada vencedora, mas outras duas concorrentes apresentaram recurso. E, desde então, não pudemos mais acompanhar porque a licitação não está mais no Portal da Transparência (pelo menos até ontem, às 20h, não estava. Talvez recoloquem hoje).

Vale até dezembro

Quando foram iniciadas em 2019 o custo era de R$ 1,6 milhão. Depois, neste vai não vai, foram acrescidas mais verbas e o valor total já é de R$ 2,5 milhão, mas nada de ficarem prontas. A maior parte da verba vem do governo federal por meio de convênio da prefeitura e Ministério do Turismo com validade até dezembro. Vai ter que renovar?

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