• Caos no trânsito: ruas e servidões com resto de lama e destroços provocam transtornos

  • Continua após o anúncio
  • Continua após o anúncio
  • 07/03/2022 14:36

    Circular em Petrópolis nesta segunda-feira (7), 20 dias depois do maior desastre socioambiental da história da cidade, é um desafio de paciência. Com vias importantes, como a Washington Luiz interditadas, há engarrafamentos enormes nas ruas Saldanha Marinho e Coronel Veiga, por exemplo, já que os motoristas estão sendo direcionados para o Valparaíso (onde também há trânsito intenso) e desembocam no acesso à Monsenhor Bacelar, que também está congestionada, funcionando em mão dupla. Em outros pontos, como a Praça Pasteur, o trabalho de máquinas e caminhões provoca também retenções. Na Avenida Ipiranga, a retenção teve reflexo até na Rua Quissamã.

    “São quase 20 dias. A gente sabe que teve muita ocorrência, muita barreira, mas a cidade já recebeu muito apoio também. Era de se esperar que, a essa altura, já tivessem liberado pelo menos as vias principais”, reclama Gustavo Nogueira, gerente de loja.

    Rua Teresa na altura do número 1.515. (Foto: Vinícius Ferreira)

    Na rua Teresa, um dos locais mais castigados pelos deslizamentos de terras, ainda há obstrução no trecho em frente à Caixa Econômica Federal. Ali, máquinas ainda retiram escombros e lama dos imóveis atingidos pelas pedras e lama. Controladores de trânsito organizaram na manhã de hoje um sistema de mão dupla na pista que segue em direção à Rua Padre Feijó. Em outros pontos, a passagem já está liberada, mas ainda há muita lama reunida em trechos próximos ao shopping 608, por exemplo. Uma realidade com a qual o comércio do maior “Shopping à Céu aberto” do país terá de acostumar, pelo menos nesses primeiros dias de reabertura  – as lojas estavam fechadas desde a tragédia do dia 15 e algumas começaram a abrir desde a última sexta-feira.

    Interdições

    Segundo a Prefeitura, seguem interditadas: a Rua do Túnel, Rua Washington Luiz, Rua Barão de Águas Claras e Rua 24 de Maio (no centro); a Estrada do Paraíso (Sargento Boening), Rua Carmem Ponte Marcolino (Chácara Flora); Rua Gregório Cruzick (Itamarati); Avenida Portugal (Quitandinha). Outras vias, como a Rua Bingen, onde parte da via desabou sobre o rio, no trecho próximo à Universidade Estácio de Sá, seguem com interdição parcial.

    Tanta interdição tem feito com que os motoristas já não saibam a rota que vai tirar do trânsito pesado. “A gente tem circulado, procurando alternativas. Às vezes passando pela BR-040, às vezes passando por outros bairros, vias secundárias. Agora, com as aulas voltando nas escolas, a tendência é se tornar ainda mais complicado”, diz a psicóloga Tâmisa Almeida.

    Últimas