Caos no estado
Nasúltimas semanas, estamos a assistir na mídia em geral, o caos nasaúde pública no Rio de Janeiro. A situação está tão críticaque já escutei nas ruas…:" Pezão que nos foi vendido nacampanha eleitoral como o grande gestor que o Rio precisava estáfazendo um governo pior que o de Sérgio Cabral"…que, diga-sede passagem e por oportuno, foi muito ruim.
Nestemomento, pergunta-se: a que se deve uma crise tão aguda no Estado?Acredito que a postura política de prioridades equivocadas,associada a uma queda de arrecadação, esteja sendo a molapropulsora. Senão vejamos: o endividamento do Estado cresceu mais de30 bilhões nos últimos 5 anos (paga-se juros sobre isto); por outrolado, se o barril de petróleo está abaixo de 35 dólares, osroyalties recebidos pelo Estado são menores. Os gastos não foramcontidos, pelo contrário, a gastança vem num crescente, alicerçadana arrecadação das receitas que mal planejadas, e por conta de umaconjuntura internacional e outra nacional, sofreram quedasassustadoras, seja na indústria automobilística, seja pela queda dopreço do petróleo.
Nesteponto alguns vão dizer: ”a queda nos preços do petróleo eraimprevisível e a indústria automobilística vai mal, por conta doexcesso da carga tributária que encarecem os veículos”. Esta nãoé a expressão da verdade, no entanto. A queda dos preços dopetróleo era esperada pelo mercado mundial, e a carga tributária,nunca foi empecilho de vendas. A crise institucionalpolítico-financeira instalada por Brasília é que é recessiva econtém o mercado interno.
Umterço do PIB do Estado advém de receitas oriundas da produção deóleo e gás e todos sabemos da situação da Petrobrás hoje, com seu valor patrimonial que se reduziu 80% nos últimos 10 anos, quenão possui caixa para novos investimentos e que continua com umagovernança de má gestão ( seu atual Presidente, já ganhou oapelido de TQQ – terça, quarta e quinta, porque só aparece nacompanhia 3 vezes por semana); e por tabela, a indústria naval doEstado, responsável pela construção de plataformas e navios foicarregada também para o buraco; como corolário lógico, mais perdade arrecadação. Com a produção e venda de veículos também embaixa, temos um somatório de quedas de arrecadação que está a serefletir na população.
Opovo está a pagar esta conta injustamente, como sempre, pagando,impostos, taxas e contribuições e recebendo em troca, hospitaisfechados, falta de remédios, salários atrasados, e um caosgeneralizado.
Nuncase pensou neste Estado em alternativas para escapar da dependênciado petróleo. A falta destas alternativas está a nos colocar nestadifícil situação e quando falo em prioridades ( e vejam aí oexemplo das Olimpíadas a corroer o caixa da prefeitura do Rio e doEstado) falo em planejamento de médio e longo prazo. Precisávamosde uma Olimpíada ou de um atendimento da saúde a contento? Quealternativas são possíveis de serem efetivadas para fugir dadependência de 35% da arrecadação advir do petróleo? Como pode oEstado reagir a isto? São questões cujas respostas uma boa gestãodeve começar a buscar de imediato.