Segundo a Agência Senado, agência de notícias do Senado Federal, as candidaturas femininas bateram recorde este ano, com 33,3% dos registros nas esferas federal, estadual e distrital. As mulheres representam 53% do eleitorado do país, o que corresponde a 82 milhões de votantes. Apesar disso, elas ocupam apenas 17,28% das cadeiras no Senado. Especialistas defendem o aperfeiçoamento da legislação para garantir a participação feminina na política.
A Lei 12.034, de 2009, foi uma das primeiras medidas de impacto aprovado pelo Congresso Nacional para incentivar a participação das mulheres na política. A lei assegura o percentual mínimo de 30% e máximo de 70% para candidaturas de cada sexo. Além disso, destina pelo menos 30% dos recursos do Fundo Partidário e do Fundo Especial de Financiamento de Campanha à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV.
Representatividade na política
Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o número de mulheres que se candidataram nas Eleições Gerais deste ano é o maior em três anos. A porcentagem de mulheres na política também é maior em 2022 em comparação com 2018 e 2014. Em 2014, havia 8.139 candidatas (30,99%); em 2018, eram 9.221 (31,6%) e neste ano, são 9.353 mulheres (33,27%).
Candidatas pretas
O número de candidatas autodeclaradas pretas também cresceu nos últimos anos de Eleições Gerais. Em 2014 eram 835; em 2018, o número aumentou e foi para 1.238. Já neste ano, são 1.696 candidatas.
Candidatas indígenas
Em 2018 havia 49 candidatas indígenas. Já neste ano, o número cresceu 67,35% e foi para 82. Em relação a 2014, a alta é de 182,76; foram 29 naquele ano. Ou seja, quase o triplo.