• Canadá: paralisação de ferroviários pode custar mais de US$ 1 bilhão; Air Canadá comunica greve

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  • 22/ago 15:48
    Por Dow Jones Newswires / Estadão

    O governo do Canadá enfrenta uma crescente pressão para intervir e pôr fim à paralisação simultânea de trabalhadores nas duas principais ferrovias do país – a Canadian National Railway e a Canadian Pacific Kansas City.

    O primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, disse que as autoridades “teriam mais a dizer em breve” sobre como o governo pretende lidar com o conflito trabalhista. Ele não deu mais detalhes e também não respondeu a perguntas.

    Uma paralisação prolongada pode ter repercussões no Canadá e em outros lugares, alertam analistas. O Anderson Economic Group, uma consultoria especializada em avaliações de perdas de greves e conflitos globais, estima que uma paralisação de sete dias na Canadian National e na CPKC pode custar às economias canadense e americana mais de US$ 1 bilhão. O Canadá seria o mais afetado. A consultoria acrescentou que além de sete dias, “o impacto nos EUA e no Canadá seria muito pior”, gerando tensões agudas nos setores de agricultura, manufatura e energia.

    A Federação Canadense de Negócios Independentes, o grupo de defesa do país para pequenas e médias empresas, disse que seus membros podem ter que interromper as operações, pois não conseguem receber mercadorias para atender os clientes.

    Air Canada

    Em outro foco de tensão, os pilotos da Air Canada votaram a favor de uma greve, se necessário, para quebrar um impasse com a companhia aérea sobre um novo contrato. A Air Line Pilots Association, que representa mais de 5.400 pilotos da transportadora de bandeira, disse que 98% dos pilotos votaram a favor da convocação de uma greve. Os pilotos ameaçam abandonar o trabalho já em meados de setembro se nenhum acordo for alcançado durante o período, o que prejudicaria as viagens aéreas no país.

    As negociações para um novo acordo começaram em meados do ano passado, e as conversas entraram em mediação privada em janeiro em um processo que se estendeu até junho, quando o sindicato fez uma notificação de disputa após os lados não conseguirem chegar a um consenso sobre um novo acordo coletivo.

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