• Campus da Uerj em Petrópolis está sem as aulas desde o mês de março

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  • 04/07/2016 08:00

    A greve dos professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro completa cinco meses nesta semana, e ainda não tem previsão para terminar. O campus Petrópolis também está parado desde março e o sonho de cursar o ensino superior numa universidade estadual sem sair da cidade vai ter que esperar um pouco mais. Milhares de alunos de toda a instituição estão sem aulas e ainda não sabem quando poderão voltar a estudar. 

    Além dos professores, que não receberam a segunda parcela do pagamento desde o início do ano, os funcionários terceirizados estão sem salário há sete meses. Pelo menos 500 deles já foram desligados da instituição numa ação que a Associação dos Docentes chama de “demissão em massa”. Segundo o grupo grevista, o calendário do primeiro semestre já foi perdido e o segundo também pode estar comprometido, porque nenhuma medida foi tomada pelo governo para tentar reverter a situação. 

    Uma assembleia foi realizada na última terça-feira, 28, no Campus Maracanã, onde foi decidido pela continuidade da paralisação. Segundo a Associação dos Docentes, até hoje o governador do Rio de Janeiro não participou de nenhuma das tentativas de negociações, com apresentação de propostas. “Até o presente momento, não tivemos a participação do governador. Somente tivemos reuniões com os representantes do governo. Mas nenhuma proposta aceitável foi feita. Pelo contrário. Desse jeito a situação caminha para o pior”, disse um dos membros da associação

    Para a reitoria da universidade, por pior que seja a greve não é o único motivo dos alunos estarem sem aulas. A regularização dos pagamentos precisa ser feita o quanto antes, porque segundo a instituição, mesmo que a greve termine a Uerj não tem condições de funcionar sem os funcionários terceirizados. Uma nova assembleia será realizada na próxima terça-feira, nas escadarias da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, onde haverá um ato do Comitê Contra os Jogos Olímpicos de 2016. A reunião está prevista para as 16h.

    Além da greve dos professores, a Uerj segue sem serviço de limpeza, manutenção, conselhos universitários e zeladores. O problema afeta todos os campus da instituição, e não tem previsão para que seja solucionado. A Tribuna tentou contato com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, mas não obteve uma resposta até o fechamento dessa reportagem.

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