• Campos Neto diz que meta contínua não significa maior ou menor suavização monetária

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  • 27/jun 12:54
    Por Cícero Cotrim, Eduardo Laguna e Francisco Carlos de Assis / Estadão

    O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse nesta quinta-feira, 27, que o decreto que regulamenta a nova meta contínua de inflação não trouxe mudanças na política monetária. Ele elogiou o prazo de 36 meses para qualquer mudança no alvo, dizendo que isso dá credibilidade e transparência ao sistema.

    “A mensagem principal do decreto é que não significa uma mudança na forma como a gente enxerga a política monetária, não significa nem maior, nem menor suavização”, disse Campos Neto. “Existe um entendimento de que o ano fiscal não era a forma mais eficiente de se auferir os resultados atingidos.”

    Em entrevista coletiva para comentar o Relatório Trimestral de Inflação (RTI), em São Paulo, Campos Neto disse que a necessidade de 36 meses para qualquer alteração na meta dá credibilidade ao sistema. “Eu acho que mostra bastante o compromisso do governo e a transparência que foi atingida”, afirmou.

    Campos Neto disse que o decreto dá estabilidade na previsão da meta. Isso permite que os agentes se programem, fomenta os investimentos no longo prazo, gera taxas de juros longas mais estáveis e aumenta a eficiência da transmissão da política monetária, ele disse.

    Também presente na coletiva, o diretor de Política Econômica do BC, Diogo Guillen, aproveitou para defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 65, que transforma a autarquia em empresa pública. Ele disse que é importante ter mais recursos para garantir o cumprimento da missão do BC e afirmou que “toda a diretoria colegiada” apoia a medida.

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