Campanha visa incentivar a amamentação materna até 6 meses de vida
Com o objetivo de reforçar a importância do aleitamento materno para o desenvolvimento das crianças até dois anos e exclusivo até os seis meses de vida, começa nesta quarta-feira (1) e segue até a próxima terça-feira, a Semana Mundial de Amamentação. De acordo com especialistas, a amamentação além de reduzir em 13% a mortalidade infantil por causas evitáveis em menores de cinco anos, também reduz casos de diarreia, infecções respiratórias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade.
A campanha deste ano lançada na semana passada pelo Ministério da Saúde tem como slogan “Amamentação é a Base da Vida”. “O leite materno é um alimento muito rico em nutrientes e anticorpos importantes para proteger o bebê de várias bactérias. O aleitamento deve ser estimulado desde as primeiras horas de vida e ser exclusivo até os seis meses de vida”, ressaltou a pediatra Adriana Jacques.
Para a cozinheira Miriane Aparecida Teixeira Amaro Guidini, de 34 anos, amamentar a pequena Valenthina, de seis meses, é uma forma de protegê-la. “Aqui em casa estamos todos gripados e a pediatra dela disse que se ela não mamasse no peito com certeza também estaria doente. Com o leite materno ela fica mais protegida, forte e saudável”, afirmou.
Até completar seis meses, a pequena Valenthina era alimentada exclusivamente com o leite materno, agora Miriane está incluindo outros alimentos. “Mas ela vai continuar mamando no peito até a hora que quiser”, contou.
Para a pediatra Adriana Jacques o apoio da família e dos profissionais de saúde é fundamental para o sucesso do aleitamento.
“Algumas mulheres tem dificuldades e encontram obstáculos, o apoio de quem está ao seu redor é essencial. Essa mãe tem que sair do hospital também com instruções de como pegar o bebê, ensinar a pega e outras coisas importantes na hora de amamentar”, pontuou.
Miriane conta que o apoio da mãe e do marido foi fundamental. “Tenho e tive muito apoio e ajuda deles, isso foi muito importante porque às vezes temos dúvidas de como pegar o bebê, como deve ser para que ele pegue o bico do peito”, comentou. Ela disse também que assim que Valenthina nasceu no HAC, os médicos a colocaram para mamar ainda na sala de parto. “Foi uma sensação maravilhosa”, contou emocionada.
Além do incentivo à amamentação na maternidade do HAC, Petrópolis também conta atualmente com três unidades amigas da amamentação credenciadas pela Coordenação da Área Técnica da Saúde da Mulher, da Criança, do Adolescente e do Aleitamento Materno da Secretaria de Estado de Saúde. São elas: PSFs do Vila Rica, Caxambu e Vila Saúde. As unidades realizam palestras e grupos de apoio às mães e gestantes.
Além de ser a primeira vacina, o leite materno tem tudo que o bebê precisa até os seis meses, inclusive água, e é de mais fácil digestão do que qualquer outro leite; outro ponto positivo é o ato de sugar o peito, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, ajuda a ter dentes bonitos, a desenvolver a fala e ter uma boa respiração. Para as mães a amamentação ajuda na redução do peso após o parto e o útero a recuperar o seu tamanho normal, ajudando também a reduzir o risco de diabetes.