• Campanha ‘Trajetórias’ percorre o estado do Rio para combater xenofobia, tráfico de pessoas e trabalho escravo

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  • 29/jun 08:32
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis | Foto: Divulgação

    O governo do Estado do Rio de Janeiro lançou a campanha itinerante “Trajetórias”, que leva a municípios fluminenses ações de prevenção e combate à xenofobia, tráfico de pessoas e trabalho escravo. A iniciativa é promovida pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos (Sedsodh) e inclui capacitações para técnicos e adolescentes, além de exposições educativas.

    A campanha já tem passagem confirmada por Cachoeiras de Macacu, Areal e a capital, Rio de Janeiro. O objetivo é preparar as secretarias municipais de Cultura, Educação, Saúde e Assistência Social para lidar com casos que possam surgir durante o atendimento ao público, além de conscientizar principalmente os jovens do ensino médio, onde crescem situações de bullying e intolerância. A campanha também alerta para o uso das redes sociais no aliciamento de vítimas.

    – Trajetórias vem trazer visibilidade e voz. Visibilidade a pauta e voz às pessoas que já sofreram violações de direitos humanos, seja xenofobia, tráfico de pessoas ou trabalho escravo. Estamos trabalhando arduamente para dar visibilidade a essas temáticas. Nós temos feito um trabalho muito marcante no estado do Rio de Janeiro e estamos muito felizes em poder levar essas exposições e capacitações para os municípios – celebrou a subsecretária Estadual de Promoção, Defesa e Garantia dos Direitos Humanos, Aline Forasteiro. 

    O lançamento ocorreu em 23 de junho, em Cachoeiras de Macacu, na Casa da Arte Wellington Lyra. A campanha segue até o dia 3 de julho na cidade. Depois, no dia 2 de agosto, a exposição chega ao Quilombo Boa Esperança, em Areal, junto com uma feira cultural. De 5 a 15 de agosto, a mostra estará em outros espaços do município. Na capital, a exposição estará no Cefet Maracanã a partir de 8 de julho, seguindo até setembro.

    Duas exposições compõem a campanha

    A campanha reúne as exposições Ressignificar e Nós por Nós. A primeira apresenta histórias de vítimas do tráfico de pessoas e do trabalho escravo por meio de artes visuais e depoimentos. Já Nós por Nós relembra o caso do jovem congolês Moïse Kabagambe, assassinado no Rio, e traz fotos, relatos e um mini documentário sobre sua trajetória.

    De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e a Walk Free, mais de 27 milhões de pessoas vivem em situação de trabalho forçado no mundo, sendo migrantes as principais vítimas. Só no Estado do Rio, foram 1.803 resgatados desde 1995, segundo o Observatório da Erradicação do Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas.

     – O Projeto Trajetórias reforça que a Política de Assistência Social é proteção, é defesa de direitos. Estamos atuando no enfrentamento da xenofobia, do tráfico de pessoas e do trabalho escravo, fortalecendo a rede socioassistencial para acolher, proteger e garantir dignidade às pessoas em situação de vulnerabilidade. É o SUAS na prática, combatendo violações e promovendo direitos – reforçou o subsecretário de Gestão do SUAS, Felippe Souza.

    A campanha é fruto da parceria entre diversas coordenadorias da Sedsodh, o Programa Estadual de Erradicação do Trabalho Infantil, o Projeto Ação Integrada e a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

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