• Campanha de doação de absorvente é iniciada pela OAB em Petrópolis

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  • 23/10/2021 14:11
    Por Jussara Madeira

    Dezenas de pacotes de absorventes íntimos foram arrecadados neste sábado (23) em uma ação no Calçadão do Cenip promovida pela Comissão da OAB Mulher de Petrópolis (Ordem dos Advogados do Brasil). A campanha segue ao longo do mês com postos de coleta nos fóruns de Petrópolis e também na sede da entidade. Os produtos de higiene íntima serão doados a adolescentes e mulheres de comunidades carentes da cidade.

    O primeiro dia da campanha teve uma ótima adesão da população com a doação de mais de 100 pacotes de absorventes, contou Priscila Braga, integrante da comissão da entidade dos advogados e também do Conselho Municipal da Mulher.

    A iniciativa se deu após o Projeto de Lei que prevê a distribuição gratuita de absorventes para alunas de escolas públicas, mulheres em situação de vulnerabilidade e para as que estão encarceradas ser vetado pelo presidente Jair Bolsonaro.

    “Estávamos acompanhando a tramitação do projeto de lei e quando foi vetado resolvemos arregaçar as mangas e fazer algo. Nós já tínhamos identificado, com o projeto OAB nas Escolas, que muitas alunas faltavam aulas durante o ciclo menstrual devido à falta de absorventes”, explicou. Junto com o Conselho Municipal da Mulher, será feito um levantamento das comunidades que onde serão feitas a distribuição dos itens.

    Além da adesão das mulheres advogadas de Petrópolis à campanha, os advogados também estão participando. “Os colegas advogados estão empenhados em ajudar inclusive ligando para saber sobre marcas e se há tamanho certo para comprar”, contou Priscila.

    Pobreza menstrual

    Uma pesquisa divulgada em maio deste ano apontou que 28% das adolescentes e mulheres do Brasil deixaram de comparecer à aula por não conseguirem comprar absorventes. Um relatório do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do UNFPA (Fundo de População das Nações Unidas) mostrou que 713 mil meninas brasileiras não têm acesso a banheiro ou chuveiro em seu domicílio e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas.

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