• Campanha de coleta de DNA de parentes de pessoas desaparecidas começa nesta segunda-feira em Petrópolis

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  • 14/06/2021 09:37
    Por Janaina do Carmo

    O Posto Regional de Polícia Técnico Científica de Petrópolis – IML, em Corrêas, vai ser um ponto de coleta de DNA de parentes de pessoas desaparecidas durante a campanha nacional que está sendo promovida pelo Ministério da Justiça. A mobilização começa nessa segunda-feira (14) e segue até sexta (18) e tem como objetivo alimentar o banco de dados nacional.

    “É uma campanha muito importante e que vai ajudar na localização dessas pessoas. No posto teremos legistas e técnicos todos os dias da campanha para coletar o DNA das famílias”, explicou Mary Laura Villar, coordenadora da Polícia Técnico Científica da Região Serrana.

    De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro (ISP), de janeiro a abril deste ano, as duas delegacias de polícia de Petrópolis – 105ª (Retiro) e 106ª (Itaipava) – registraram sete boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas. Em todo o ano de 2020 foram 28 registros de desaparecimento.
    O ano de 2010 foi o que teve mais boletins de ocorrência desse tipo em Petrópolis, de acordo com os dados do Instituto de Segurança Pública. Foram ao todo 80 registros nas duas delegacias da cidade. Em seguida vem os anos de 2004 e 2005, ambos contabilizaram 78 casos de desaparecimento.

    O posto de Petrópolis irá atender também as famílias de Paraíba do Sul, Areal, Três Rios, Sapucaia e Teresópolis. A outra unidade na Região Serrana é de Nova Friburgo, que atenderá os outros municípios, incluindo Teresópolis também. Em todo o Estado do Rio de Janeiro serão ao todo 12 postos de coleta de DNA durante a campanha.

    “A preferência para a coleta de material é de um membro da família do desaparecido o mais direto possível como pai, mãe e filho, por exemplo. É importante também que as famílias levem o boletim de ocorrência do desaparecimento feito na delegacia”, explicou Mary Laura. A coordenadora ressalta ainda que a coleta do DNA será feita nos familiares independente do tempo de desaparecimento da pessoa.

    Para facilitar o cruzamento dos dados e as buscas, as famílias também podem levar itens de uso pessoal da pessoa desaparecida como escova de dente, aparelho ortodôntico; além de amostras de dente de leite e cordão umbilical. “Todo o material que será coletado no posto de Petrópolis vai alimentar o banco de dados regional e nacional”, frisou a coordenadora.

    A campanha nacional também vai atender as famílias vítimas das chuvas de 2011, no Vale do Cuiabá. Elas podem procurar o posto de Petrópolis para a coleta do material genético. De acordo com dados do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), pelo menos 13 pessoas vítimas da tragédia das chuvas nunca foram encontradas.

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