• Câmera Record viaja às cidades mais violentas do Brasil e mostra vítimas desta guerra urbana

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  • 12/09/2021 11:00
    Por Redação / Tribuna de Petrópolis

    Neste domingo, dia 12/09, o Câmera Record percorre as cidades mais violentas do Brasil para ouvir as pessoas que estão em meio ao fogo cruzado e revela quem mata e quem morre nessa guerra urbana. 

    A violência explodiu no país, de acordo com o último levantamento do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, principalmente nas cidades do Nordeste, nas regiões metropolitanas, diferentemente da pesquisa anterior, que colocava as capitais nas primeiras colocações.

    As razões para o crescimento da violência no ano de 2020, de acordo com os dados atuais, são os confrontos entre facções pelo domínio de territórios para venda de drogas, abuso e assassinato de mulheres, e mortes em operações policiais.

    Durante 15 dias, os repórteres Marcus Reis, Gisele Barbieri e Leonardo Medeiros percorreram os municípios considerados pela pesquisa os mais perigosos para registrar histórias de quem vive sob o fogo cruzado e já perdeu parentes nessa guerra urbana. A edição é de Mariana Ferrari.

    Os repórteres visitaram Caucaia (CE), considerada a campeã deste ranking; Nossa Senhora do Socorro (SE), o estado e a cidade com mais ocorrências de feminicídio e abuso de mulheres; Feira de Santana e Salvador (BA), municípios com mais mortes envolvendo operações policiais. 

    Caucaia, com pouco mais de 360 mil habitantes, viu a violência aumentar assustadoramente em 2020. No ano passado, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, 360 pessoas foram assassinadas no município, que fica na região Metropolitana de Fortaleza. Isso representa quase uma morte por dia e uma média de mais de 98 mortes para cada 100 mil habitantes – um índice bem superior ao nacional, de 23 mortes. Os dados alarmantes traduzem as consequências de uma guerra sangrenta entre facções pelo domínio de bairros para venda de drogas. 

    Já Nossa Senhora do Socorro, no Sergipe, registra altos índices de violência contra a mulher. Na cidade registrou-se uma taxa de 68 mortes de mulheres para cada 100 mil habitantes. No estado, as tentativas de feminicídio subiram 246%. Ali, Valdicleide sofreu 25 anos de agressões no casamento. “Ele me dava empurrões, me batia, sempre falava que ia me matar. Já saiu correndo atrás de mim com uma faca”, conta. Ela só escapou da violência porque o marido morreu de covid. 

    E na Bahia, o Câmera Record teve autorização para acompanhar uma operação do Grupo de Operações Especiais. Foram horas e horas de perseguição, tanto por terra, quanto por asfalto, a 30 bandidos, que se embrenharam na mata. 

    O programa entrevista uma família duplamente destroçada pela violência: uma mulher perdeu o filho e a tia da criança. “Eles chegaram atirando, eles mataram meu filho de sete anos, meu filho único”, afirma a mãe, que não quis se identificar. A Corregedoria abriu um inquérito para apurar o caso. A tia do menino também perdeu a vida em uma ação policial, a poucas ruas de distância. Viviane, de 33 anos, conversava com a vizinha quando as duas foram baleadas. Um vídeo mostra exatamente o momento em que os policiais colocam os corpos dentro da viatura. Viviane e a vizinha morreram a caminho do hospital. 

    O Câmera Record vai ao ar aos domingos, às 23h15. A apresentação é de Marcos Hummel. 

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