Câmeras apenas para multar? Patrimônios público e particular sem proteção
A gente faz nossa a pergunta de leitores que escreveram para a coluna. Afinal, as câmeras de segurança estão servindo apenas para aplicar multas em motoristas infratores? Porque o videomonitoramento começou faz tempo. Iniciou de forma precária ainda na gestão Bomtempo e foi consolidado por Bernardo Rossi. A última divulgação, do ex-prefeito, era que a cidade estava sendo monitorada por 90 câmeras de segurança com transmissão em tempo real, 24 horas por dia, para o Centro Integrado de Operações de Petrópolis (Ciop) compartilhado pela Guarda Civil, polícias militar e civil, bombeiros e Defesa Civil.
Ninguém vê
Na última semana foram registrados casos de danos a carros estacionados no Centro Histórico. Os veículos foram arranhados propositalmente em suas laterais enquanto estavam parados na Rua da Imperatriz, Paulo Barbosa e Roberto da Silveira. Além disso, a pichação de prédios históricos come solta como a fachada do antigo Fórum, hoje Cefet, e o prédio dos Correios. E nenhum desses atos de vandalismo é registrado pelas câmeras.
Ameaça ao patrimônio
Se a cidade é mostrada, turisticamente falando, por seus belíssimos conjuntos arquitetônicos e urbanísticos dos séculos XIX e XX, é necessário zelar pela integridade deste patrimônio, assim como pelos bens dos cidadãos pagadores de impostos e aí se inclui o estacionamento rotativo.
Só para multar
E a gente tem curiosidade de saber para onde ficam apontadas as câmeras de segurança porque é uma raridade – foram umas duas vezes – que foi divulgado que elas flagraram atos de vandalismo. Até mesmo em questões de roubos e assaltos as imagens que são divulgadas normalmente são de algum comércio, de algum sistema particular de monitoramento.
Mais uma audiência
E a Câmara de Vereadores convocou para hoje uma audiência pública para discutir a “construção de moradias para as pessoas beneficiadas pelo Aluguel Social”. Mais uma audiência pública, nobres edis? O povo quer mais ação e que os projetos saiam do papel. Onde está a lista de 80 terrenos possíveis de haver habitação popular que, segundo o Senado, estariam em mãos dos vereadores e prefeito? E quais os projetos encaminhados pela prefeitura ao governo federal para a construção de casas?
Contagem
E Petrópolis está há 91 dias sem os 100% da frota de ônibus nas ruas depois do incêndio na garagem das empresas.
Eitaaaaa!
Um leitor nos questionou sobre a contagem da falta da frota completa de ônibus desde o incêndio nas garagens da PetroIta e Cascatinha e nos cobrou que se faça uma contagem sobre quantos anos a cidade está sem renovação política. E tá errado?
Coleta surpresa
A gente falou aqui sobre a deficiência na coleta, em especial nos bairros, depois que a Comdep assumiu o serviço por meio de aluguel de caminhões. E o pessoal se manifestou. Moradores relatam que a Comdep faz agora a ‘coleta surpresa’: não tem mais dia certo do caminhão passar.
Ê, laiá!
E a gente falou aqui ontem da inusitada licitação, estimada em R$ 10 milhões, para asfaltamento na cidade em que quatro empresas concorreram. Refrescando a memória, duas delas ofereceram o mesmo valor previsto no edital: R$ 10.009.597,48. Não tiraram nem os centavos. Uma terceira empresa ofereceu R$ 9.893.793,95, o que foi verificado como o menor valor. E foi feita a oferta de lances, vencida pela quarta empresa que ofereceu R$ 9.893.790.00, uma redução de R$ 3,95. Isso, mesmo: uma licitação de milhões vencida por menos de R$ 4. Mas, além disso, depois foi perguntado se a empresa vencedora daria um descontinho. E ela deu: de R$ 40. E foi batido o martelo: 9.893.750,00. E nós economizamos 1.1%! Taí a ata da licitação que não nos deixa mentir.
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