• Câmara Municipal promulga alteração na Lei Orgânica e obriga município a investir, de maneira permanente, em obras de prevenção

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  • 24/02/2023 18:36
    Por Redação/Tribuna de Petrópolis

    Nesta semana, a Câmara de Petrópolis promulgou uma emenda à Lei Orgânica Municipal que torna obrigatório o investimento da Prefeitura em obras de prevenção para redução de riscos de desastres. São obras como contenção de encostas, estabilização de terrenos e intervenções em redes de águas pluviais.

    Segundo o vereador e ex-prefeito interino, Hingo Hammes, autor da emenda à LOM, o objetivo é garantir, por lei, o aporte permanente de recursos nesta área, criando no município uma cultura de prevenção capaz de tornar a cidade mais segura.


    O novo texto da LOM, que foi proposto por Hingo Hammes em 2022, garante a destinação mínima obrigatória de 2% da receita corrente líquida do município para obras preventivas – um montante que, levando em conta o orçamento de 2023, pode assegurar mais de R$ 23 milhões por ano em investimentos para mitigação de riscos.


    Ao defender a proposta, ainda durante votação no plenário da Câmara, o vereador Hingo Hammes lembrou que as tragédias registradas na cidade deixaram ainda mais evidente a necessidade de políticas públicas que sejam realmente capazes de reduzir os riscos à população. “Petrópolis, até por suas características geográficas e geológicas, exige um trabalho que seja permanente, e não apenas pontual. É preciso compromisso do poder público com esta pauta, independente de quem seja o gestor.”, disse, lembrando que a garantia de recursos do próprio município neste tipo de obra vai facilitar o planejamento de intervenções.

    “Precisamos parar de pensar apenas em como remediar os problemas. Precisamos prevenir, reduzir os riscos e tentar evitar que aconteçam. Não é possível haver recursos para resposta a desastres, mas não haver para obras preventivas. Essa lógica está errada. É impossível mudar tudo de um dia para o outro, mas é possível – e extremamente necessário – começar esta mudança.”

    A gestão municipal passa a ser mais ativa neste processo, que envolve também responsabilidades do Estado e da União.

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