Câmara gastará mais de R$ 2 milhões com troca de carpete e tapete
A Câmara dos Deputados publicou uma licitação para a troca do carpete dourado da Casa e a aquisição de um novo tapete cerimonial. O valor da concorrência, que será aberta oficialmente em 25 de outubro, é de quase R$ 2,3 milhões. A troca do carpete contemplará os auditórios Nereu Ramos e Freitas Nobre, o túnel de ligação do Edifício Anexo II ao Edifício Anexo IV e o 10º andar do Edifício Anexo IV.
A compra será de um carpete de pelo cortado feito por meio de tufting (técnica na qual os fios de lã são costurados em um tecido inteiriço) em cor dourada. Os dois produtos são novos e para primeiro uso. Além disso, a licitação exige assistência técnica de no mínimo um ano para a instalação e de cinco anos para o carpete e o tapete.
Em nota, a Câmara informou que a troca se faz necessária devido aos desgastes do carpete atual. “A última substituição completa do revestimento nos três locais indicados aconteceu no segundo semestre de 2011, de modo que a vida útil do carpete completou-se em 2021, conforme a estimativa do Plano de Manutenção”, disse.
Sobre o tapete, a Casa afirmou que a armazenagem desgastou o item. “Está bastante desgastado, nem tanto pelo tráfego que recebe, mas principalmente pelos incontáveis ciclos de montagem e desmontagem a que foi submetido”, escreveu.
Do valor total, R$ 1.714.412,96 são destinados para o serviço de retirada e instalação do novo produto. Outros R$ 143.398,80 são para a compra de 360 metros quadrados do carpete dourado, e R$ 435.996,00 para a compra de 1,1 mil metros quadrados do tapete para cerimonial do tipo passadeira.
Os tapetes devem ser feitos de náilon tingido e com as bordas com acabamento do tipo debrum (técnica que dobra o tecido e o costura para deixar as margens retas). O contrato exige que os tecidos sejam “previamente protegidos contra proliferação de ácaros e micróbios, desbotamento e impregnação de manchas e sujeiras”. Além disso, que as peças sejam feitas para ter controle de geração de estática.
Como mostrou o Estadão em setembro, por conta da seca em Brasília e o material do tapete, os transeuntes do Congresso estavam se dando choques.