• Bullying: vítima de 11 anos ameaça colegas com faca

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  • 03/06/2016 16:57

    Na última quarta-feira, uma menina de apenas 11 anos, de uma escola municipal do bairro Quitandinha, ameaçou dois colegas de classe com uma faca. O motivo seria uma tentativa desesperada da criança de cessar as constantes agressões verbais dos outros alunos. O motivo das implicâncias seria o fato dela ter tido problemas no olho esquerdo e por isso usar um de vidro no lugar. Como agravante de seu estado emocional, há cerca de cinco anos ela perdeu a mãe durante o parto do irmão, que também faleceu. Devido à deficiência, a menina recebeu vários apelidos negativos, como, por exemplo, “Zoinho”.

    Agentes da Guarda Civil responsáveis pela Ronda Escolar foram acionados pela direção da escola. Ao chegar no local, os profissionais conversaram com a menina e com os dois meninos, que praticavam bullying contra ela. O resto da turma também recebeu informações dos agentes com relação aos prejuízos dessa prática, que provoca traumas e leva algumas pessoas, às vezes, a cometerem atos agressivos como no caso da criança, que levou uma faca para a escola na intenção de não ser mais zombada. 

    O Conselho Tutelar e a Vara da Infância e da Juventude também foram acionados. Assim como o pai da menina, que tem a guarda dela, e a avó, com quem ela mora. “O procedimento de praxe é no mesmo dia o Conselho Tutelar ir na casa dessa criança e descobrir a situação na qual ela vive. Além disso, a Vara da Infância e da Juventude tomará alguma providência com relação ao pai. A direção da escola também foi orientada a tomar providências que evitem situações drásticas como essa”, disse uma testemunha do caso, que preferiu não se identificar.

    Ainda segundo a testemunha, presenciar uma cena como esta é muito doloroso para os profissionais que atuam na área. “Tenho dois filhos que na época da escola também sofreram bullying. Na ocasião foi muto sofrido para nós, pais, e claro, para eles. A participação da escola nesse sentido é essencial para evitar casos de desespero como o dessa menina. Vi claramente que ela estava na verdade pedindo socorro. Ela não tentou agredir os meninos em nenhum momento, apenas mostrou para eles que estava 'armada'. A intenção desde o início foi deixar de ser vítima! Esse tema precisa continuar sendo amplamente discutido e principalmente vigiado”, afirmou.

    A Tribuna de Petrópolis tentou contato com os responsáveis da menina, porém não conseguiu encontrá-los. 



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